MILÃO (Reuters) - As ações da Ferrari (NYSE:RACE) caíam nesta sexta-feira após a saída repentina do presidente-executivo Louis Camilleri por motivos pessoais, que está deixando a montadora no momento em que ela busca aumentar sua participação no segmento de modelos híbridos e se prepara para lançar seu primeiro SUV.
O presidente do conselho John Elkann, descendente da família italiana Agnelli, vai comandar a empresa interinamente, disse a Ferrari na noite de quinta-feira.
De acordo com fonte da empresa, Camilleri, 65 anos, vinha sofrendo de problemas de saúde, o que o obrigou a ser internado por Covid-19 nas últimas semanas. Ele agora está se recuperando em casa, mas sua doença não foi a causa de sua decisão de se aposentar, acrescentou a fonte.
Camilleri foi nomeado para a chefia da Ferrari em julho de 2018, após a morte repentina do ex-CEO Sergio Marchionne. Durante sua gestão, a Ferrari foi uma das ações com melhor desempenho no setor automotivo, já que a demanda por seus carros de luxo permaneceu forte, apesar da pandemia de coronavírus.
Sob sua liderança, as ações da Ferrari atingiram níveis recordes, com os papéis listados na bolsa de Milão atingindo máxima histórica de 182,95 euros no mês passado.
As ações caíam 0,1%, a 176 euros, nesta sexta-feira, após recuarem a 173,65 euros mais cedo, na mínima.
(Por Agnieszka Flak)