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Para multiplicar patrimônio, a hora de aplicar na Bolsa é agora, dizem especialistas

Publicado 28.04.2016, 14:54
© Reuters.  Para multiplicar patrimônio, a hora de aplicar na Bolsa é agora, dizem especialistas
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SÃO PAULO – Compre no boato e venda no fato. Foi o que os investidores fizeram no rali do impeachment enquanto o processo pedindo o afastamento da presidente Dilma Rousseff avançava na Câmara dos Deputados.

Desde que os deputados votaram a favor da continuidade do processo, no entanto, os ativos brasileiros têm andado de lado. Isso porque entraram em campo as incertezas sobre como seria o Brasil pós-Dilma, num eventual governo de Michel Temer (PMDB).

Até que o Senado vote pelo afastamento ou não da presidente, o que está previsto para ocorrer no dia 11 de maio, a expectativa é de que o mercado opere sem muita direção, ao sabor das notícias vindas de Brasília.

Segundo especialistas ouvidos por O Financista, o investidor que quiser defender seu patrimônio dessas incertezas deve se refugiar para a liquidez (e aplicar no CDI) e em títulos públicos. Já os que quiserem multiplicar o patrimônio, o caminho é aplicar na Bolsa, tomando mais riscos.

“Estamos no meio do processo de transição. O mercado vem em ondas: passou a primeira e agora ele está esperando a segunda, que pode ser favorável ou não”, diz Lauro Araújo, consultor institucional da TAG Investimentos.

Ele é otimista e acredita que a próxima onda do mercado será favorável. “Achamos que deve haver um esforço político para melhorar o país num novo governo, porque nenhum presidenciável ou partido quer concorrer às eleições em 2018 e pegar o Brasil quebrado”, afirma.

Riscos

Quem acredita que um novo governo será bem-sucedido e conseguirá dar um choque de credibilidade, reduzindo o risco-Brasil, deve olhar para a Bolsa.

“Para quem quer multiplicar o patrimônio tem que assumir risco agora e ir para a Bolsa”, afirma o consultor da TAG Investimentos. Segundo ele, se as perspectivas para o país melhorarem o investidor estrangeiro voltará com força, jogando as ações para cima. “Mas tem que estar preparado, porque é risco e vai ter volatilidade”, alerta.

Mas isso vale para quem aposta que o novo governo implementará medidas de ajuste fiscal e econômico e que a Bolsa terá um novo rali, diz Diana Benfatti, consultora financeira da Attimo Finanças.

Em entrevista recente, o gestor especialista em mercados emergentes Mark Mobius disse acreditar que pode demorar um ou dois anos para que as coisas se recomponham novamente no Brasil. "Mas são momentos como este em que podemos encontrar empresas específicas por pechinchas fantásticas", disse.

Ações

Com a mudança política espera-se uma queda do risco-país, o que aumenta a atratividade da Bolsa e reduz o custo de captação das empresas, observa Rafael Ohmachi, analista da Guide Investimentos.

Um setor em que ele está de olho é o de concessões e logística. “Foi um setor bastante prejudicado com a retração dos investimentos nos últimos anos e que deve ser olhado com bons olhos por um possível novo governo”, diz Ohmachi.

Ele observa que a perspectiva de queda futura dos juros também beneficia esse setor, que tem receitas recorrentes atreladas a um índice de inflação mais um rendimento fixo. A ação preferida na área é a CCR, mas a com mior potencial de valorização é a Ecorodovias (SA:ECOR3), afirma o analista. Ele também indica a Rumo, agora que a empresa foi reestruturada e capitalizada.

O banco Goldman Sachs pondera, no entanto, que a Bolsa não deve mais subir apenas com a cena política e observa que o cenário externo teve papel importante no primeiro rali do mercado. Por isso, ele será essencial também para viabilizar uma "segunda onda".

“Enquanto mudanças políticas podem fornecer uma avenida para o crescimento, o caminho à frente sob uma potencial nova liderança permanece incerto; os investidores devem, portanto, focar nos fundamentos que vão conduzir as ações a partir daqui”, recomenda Caesar Maasry, estrategista sênior de ações para mercados emergentes do Goldman Sachs, em relatório.

Mobius recomenda que os investidores olhem as empresas de forma individual, seus balanços e situação financeira, para avaliar se elas estão preparadas para lidar com os atuais problemas do país. "Você deve agarrar os sobreviventes, as empresas que estão bem posicionadas para performar quando a economia se recuperar", diz o gestor, que recomenda empresas de bebidas como a Ambev (SA:ABEV3).

Na defesa

Já o investidor com o perfil mais conservador deve olhar para a renda fixa, onde ainda há oportunidades de bons ganhos reais, segundo Benfatti. A consultora observa que os títulos públicos indexados à inflação (Tesouro IPCA ou NTN-B) já chegaram a pagar juros reais próximo de 8% no passado recente, mas que os 6% pagos atualmente ainda são um excelente ganho.

Segundo a consultora, a perspectiva de queda da inflação também beneficia esse tipo de investimento da perspectiva fiscal. “Quanto menor a inflação, menor o Imposto de Renda”, afirma. Isso porque o imposto incide sobre a composição do rendimento do título, que é de IPCA mais uma taxa de juros fixa. “E quanto menor o imposto, maior o ganho efetivo do investidor”, diz.

Ela alerta, porém, que esse tipo de investimento é marcado a mercado, ou seja, o valor do título varia diariamente. Mas que isso não tem impacto sobre a aplicação se o investidor carregar os títulos até o seu vencimento. “É uma excelente forma de blindar o patrimônio”, diz.

Ela também indica CDBs (Certificado de Depósito Bancário) e LFs (Letras Financeiras) de bancos de primeira linha. “Os bancos não têm colocado muito esses produtos na prateleira, mas se o cliente ligar para o gerente e negociar é possível conseguir boas taxas de retorno”, afirma a consultora.

Araújo, da TAG Investimentos, também recomenda os títulos públicos indexados à inflação para os recursos de mais longo prazo. Já para os de curto e médio, ele recomenda se refugiar na liquidez e aplicar no CDI para os mais conservadores.

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