Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) - Um grupo bipartidário de parlamentares norte-americanos cobrou nesta sexta-feira as operadoras AT&T (NYSE:T) e Verizon Communications para responderem questionamentos relacionados a uma denúncia de que hackers chineses acessaram redes de provedores de banda larga dos Estados Unidos.
O Wall Street Journal publicou no sábado que os hackers obtiveram informações de sistemas que o governo federal usa para escutas telefônicas autorizadas pela justiça e disse que as empresas, incluindo a Lumen Technologies, estavam entre os grupos de telecomunicações cujas redes foram violadas.
A presidente do Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos EUA, a republicana Cathy McMorris Rodgers, e o principal democrata do comitê, o deputado Frank Pallone, juntamente com os deputados Bob Latta e Doris Matsui, pediram que as três empresas respondam perguntas sobre o caso. Os parlamentares querem respostas detalhadas até a próxima sexta-feira.
"Há uma preocupação crescente com relação às vulnerabilidades de segurança digital das redes de telecomunicações dos EUA", disseram os parlamentares. Eles estão pedindo detalhes sobre quais informações foram apreendidas e quando as empresas souberam da invasão.
AT&T, Verizon (NYSE:VZ) e Lumen não comentaram o assunto.
Não ficou claro quando a invasão ocorreu.
Os hackers podem ter mantido acesso por meses à infraestrutura de rede usada pelas operadoras para cooperar com as solicitações de dados autorizadas pela Justiça dos EUA, disse o jornal, citando que os hackers também acessaram outras parcelas de tráfego da Internet do país.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse no domingo que não tinha conhecimento do ataque descrito na reportagem, mas disse que os EUA já "inventaram uma narrativa falsa" para "incriminar" a China no passado.