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Parte do conselho da BRF resistiu a conversas sobre fusão com Marfrig, dizem fontes

Publicado 04.06.2019, 11:02
Atualizado 04.06.2019, 11:02
© Reuters. (Blank Headline Received)

Por Carolina Mandl

SÃO PAULO (Reuters) - A direção da BRF (SA:BRFS3) encontrou resistência de uma minoria de seu conselho de administração para negociações sobre uma potencial fusão com a Marfrig (SA:MRFG3), negócio que pode criar uma das maiores processadoras de alimentos do mundo, disseram três fontes com conhecimento do assunto.

As companhias anunciaram na última quinta-feira que discutem um possível acordo de fusão entre a BRF, que produz suínos e aves e é líder mundial em exportações de carne de frango, e a Marfrig, segunda maior processadora de carne bovina no mundo depois da JBS (SA:JBSS3).

As fontes disseram que os 10 conselheiros da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, não aprovaram por unanimidade as negociações exclusivas com a Marfrig. Elas se recusaram a divulgar a contagem de votos.

Dissidentes questionaram como uma união se encaixaria na estratégia do presidente do conselho, Pedro Parente, de cortar dívidas, vender ativos e reestruturar operações da BRF após uma série de prejuízos sofridos pela companhia nos últimos anos.

Uma das fontes disse que a administração ainda assim recebeu apoio de uma "maioria sólida" do conselho, deixando espaço para discussões. Essa pessoa avalia que votos contrários são naturais em transações dessa magnitude.

O conselho da BRF inclui Parente, o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues e Augusto Cruz, ex-presidente-executivo do grupo varejista GPA (SA:PCAR4), entre outros.

A BRF se recusou a comentar sobre o assunto além do documento enviado ao órgão regulador na última quinta-feira.

BRF TRABALHA PARA REVERTER A SITUAÇÃO

O ceticismo em relação a uma fusão com a Marfig ocorre em um momento em que a BRF se esforça para realizar sua própria recuperação após três anos consecutivos de prejuízo, levantando preocupações de que uma fusão possa se tornar uma distração para esse processo.

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As negociações com a Marfrig, com duração prevista de 90 dias e prorrogáveis por mais 30 dias, serão guiadas por um pequeno grupo de executivos, disse uma das fontes.

BRF e Marfrig discutem uma operação baseada em ações, o que não aumentaria a dívida da BRF e poderia até mesmo melhorar a relação dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), segundo analistas.

Fonte familiarizada com as negociações disseram que as empresas querem criar uma gigante frigorífica global que poderia encarar de igual para igual rivais maiores, como JBS e Tyson Foods, que também produzem carne de aves, suínos e bovinos.

As ações da BRF caíram 5% na sexta-feira, com investidores e analistas questionando a economia de custos resultante da combinação de duas empresas em diferentes segmentos e mercados geográficos.

Algumas pessoas próximas à BRF também levantaram preocupações sobre o que um acordo com a Marfrig significaria para a governança corporativa, disseram as fontes.

A BRF é uma corporação com controle pulverizado enquanto a estrutura de controle da Marfrig está mais próxima de uma empresa familiar. O fundador e presidente do conselho de administração, Marcos Molina, controla a Marfrig e tem um acordo de acionistas com o BNDES, que juntos detêm cerca de 70% da empresa.

No ano passado, Molina chegou a um acordo com promotores para pagar 100 milhões de reais de restituição à Caixa Econômica Federal, após ser acusado de subornar os funcionários do banco para obter empréstimos. No acordo com os promotores ele negou irregularidades.

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Após a fusão, os acionistas controladores da Marfrig deteriam uma participação de 5,5% na empresa combinada e o BNDES deteria 5%, segundo cálculos dos analistas do BTG Pactual (SA:BPAC11). Os maiores acionistas individuais seriam dois fundos de pensão - Petros, com participação de 9,8%, e Previ, com 9,1%.

Uma fonte familiarizada com as negociações disse que as discussões preliminares prevêem que a empresa resultante da fusão será uma corporação e nenhum acionista teria direitos especiais de voto.

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