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Petrobras afunda 4% no pré-market de NY com receio de intervenção do governo

Publicado 12.04.2019, 08:03
© Reuters.  Petrobras afunda 4% no pré-market de NY com receio de intervenção do governo
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Investing.com - As ADRs da Petrobras negociadas em Nova York abriram o dia em forte queda de mais de 4% em meio ao temor de nova intervenção do governo nas políticas da empresa.

O papel (NYSE:PBR) é negociado com recuo de 4,7% no pré-market de NY, vendido a US$ 15,70 às 8h30, após ter cedido mais de 3% no pregão regular de ontem em sessão marcada pela queda do preço internacional do petróleo. Hoje, os futuros do petróleo retomaram a ascendência de preço nos mercados asiáticos.

No radar dos investidores está a decisão da empresa de desistir de reajuste no diesel de 5,7% anunciado ontem. Em nota, a Petrobras informou que "revisitou" sua posição e decidiu adiar o aumento do combustível, afirmando que "há margem para espaçar mais alguns dias o reajuste no diesel".

O movimento foi interpretado como uma intervenção do governo em meio a ameaças de nova greve dos caminhoneiros, o que poderia abalar a confiança no país e atrapalhar a fraca recuperação da economia. A Reuters consultou fontes a par do assunto que afirmam a pressão do presidente Jair Bolsonaro de reduzir o tamanho do aumento de 5% para 1%.

Receio do Palácio do Planalto é escalar a insatisfação dos caminhoneiros, segmento que apoiou o presidente na eleição do ano passado, a ponto de promoverem uma greve análoga de maio do ano passado, que provocou desabastecimento em todo o país.

A Petrobras, contudo, rejeitou em nota que mudou a política. "A empresa reafirma a manutenção do alinhamento com o Preço Paridade Internacional (PPI)".

Afago nos caminhoneiros

Esse é a segunda decisão na área do diesel que atende ao pleito dos caminhoneiros.

Logo após a chegada de Castello Branco à presidência da Petrobras e o aumento da pressão dos caminhoneiros, a companhia desistiu de sua estratégia de reajustes diários e passou a aplicar mudanças nos preços somente a cada 15 dias. Ontem, seria a primeira alteração.

A alta é justificada pela escalada do preço do petróleo no mercado internacional, com o Brent superando os US$ 70 e o WTI acima dos US$ 64, na sexta semana consecutiva de alta.

Ontem, a Petrobras (SA:PETR4) recuou 2,7% a R$ 28,00.

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