Investing.com - A Petrobras (SA:PETR4) dispara 20% no pregão de hoje com a percepção do mercado de forte enfraquecimento do governo Dilma com a delação premiada de Delcídio do Amaral. Em alta desde a abertura, a ação preferencial é vendida a R$ 6,79 e a ordinaria a R$ 9,32 (+15%).
O ex-líder do governo no Senado teria se comprometido a detalhar aos investigadores a participação de Dilma em estratégias para atrapalhar a operação Lava Jato. De acordo com a revista IstoÉ, a presidente teria em três ocasiões tentado interferir no judiciário para favorecer empreiteiros presos.
A Petrobras sofreu forte na bolsa durante o fim do mandato do ex-presidente Lula e da presidente Dilma com o aumento do endividamento provocado por projetos duvidosos e o subsídio à venda de gasolina e diesel, que sangrou o caixa da companhia.
A derrocada das ações veio com o avanço da operação Lava Jato que atingiu em cheio a diretoria da petroleira até 2012, que aprovou projetos e operações prejudiciais à companhia em sistema de cartel das empreiteiras com pagamento de propina. No ano passado, a queda do barril do petróleo contribuiu para a situação complicada que a Petrobras se encontra.
Usiminas (SA:USIM5)
A maior alta do dia, contudo, é da Usiminas que dispara impressionantes 35% com a percepção que o setor siderúrgico pode ser beneficiado com a troca de governo. Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) ganha 14,4% e a CSN (SA:CSNA3), 11,3%.
Banco do Brasil (SA:BBAS3) ganha 13% com o otimismo em relação às estatais, que se estende à Eletrobras (SA:ELET3) (+7,6%). O Ibovespa sobe 4,4% aos 46.858 pontos.
Dólar
A moeda norte-americana desaba 2,5% e opera abaixo dos R$ 3,80 acompanhando o otimismo no mercado.