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Petrobras se manteve resiliente durante a crise, Morgan Stanley inclui na carteira

Publicado 03.02.2021, 19:46
Atualizado 03.02.2021, 19:49
© Reuters.
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Por Ana Julia Mezzadri

Investing.com - A Petrobras (SA:PETR4) se mostrou resiliente durante a crise e aprendeu durante o período, na visão do Morgan Stanley (NYSE:MS), que acrescentou a companhia em sua carteira de ações recomendadas na América Latina para fevereiro. As informações são de relatório da segunda-feira (1).

O banco fixou o preço-alvo do papel PBR em US$ 16,50. A ADR fechou o pregão desta quarta-feira (3) em alta de 1,11%, a US$ 10,95, após ter registrado mínima de US$ 10,80 e máxima de US$ 11,05 durante o dia, com US$ 19,2 milhões em volume negociado. O índice NYSE Composite, em que a ação é negociada, fechou em alta de 0,48%, aos 14.839,06 pontos.

A visão positiva do Morgan Stanley sobre a companhia tem como base os baixos níveis de break-even dos campos de pré-sal, que aumentam a resiliência da Petrobras em um ambiente de preços baixos para o petróleo; a melhora do perfil de maturidade, que elimina preocupações de liquidez para os próximos dois anos; e os desinvestimentos, que irão consolidar a independência dos preços dos combustíveis.

Os principais catalisadores de valorização para a ação, segundo o banco, são os preços do petróleo e dos combustíveis, a taxa de câmbio, as margens de refino, a diminuição do risco do pré-sal e a manutenção das melhorias de governança.

Como maiores riscos de upside, o Morgan Stanley cita crescimento na produção de petróleo, a manutenção da desalavancagem mesmo com preços mais baixos do petróleo e a entrega de um cronograma robusto de venda de ativos. 

Os riscos de downside, por outro lado, são um aumento na intervenção do governo sobre os preços dos combustíveis, aumentos nos custos de perfuração e refino, menores preços de combustíveis para subsidiar a inflação e mudanças nas regulações do setor.

O banco desenhou, ainda, três cenários para a ação. No mais otimista, com preço-alvo de US$ 24 para a ação e US$ 57,5 para o barril de Brent, a companhia consegue desinvestir de ativos, reduzindo os riscos de intervenção nos preços de combustíveis e melhorando o uso de caixa. A empresa se torna mais eficiente e aumenta sua exposição no pré-sal, de forma que consegue entregar uma maior geração de fluxo de caixa livre.

O cenário base, por sua vez, tem como preço-alvo da ação US$ 16,50 e US$ 47,50 do barril de petróleo. A empresa, mais enxuta, foca na geração de fluxo de caixa livre. Os desinvestimentos melhoram a qualidade do portfólio, que rende retornos atrativos em um mercado de petróleo volátil. As vendas de refinarias consolidam a independência do preço dos combustíveis.

Finalmente, no cenário mais pessimista o preço-alvo da ação é de US$ 7,50 e o do Brent, de US$ 37,50. Nesse ambiente, os preços do petróleo caem e a desalavancagem demora mais. Há atraso nos desinvestimentos e necessidade de fechar alguns campos de pré-sal, afetando o crescimento da produção.

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