(Reuters) - A farmacêutica norte-americana Pfizer (NYSE:PFE) lançou nesta quarta-feira um novo programa plurianual para reduzir suas despesas em cerca de 1,5 bilhão de dólares até o final de 2027, somando-se a um plano de corte de custos de 4 bilhões de dólares anunciado no ano passado.
Os investidores têm fugido da Pfizer conforme as preocupações com a pandemia diminuíram e bilhões de dólares em vendas de vacinas e tratamentos para a Covid-19 desapareceram. A empresa respondeu com a compra da farmacêutica Seagen, por 43 bilhões de dólares, cortes de custos e uma reestruturação interna.
As ações da Pfizer subiram 2,6%, para 29,30 dólares, no pregão da tarde. Os papéis ainda estão cerca de 24% abaixo do valor do ano passado e aproximadamente pela metade do valor máximo durante o pico da pandemia em dezembro de 2021.
A Pfizer fez a divulgação nesta quarta-feira, em um documento enviado à SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos.
A empresa afirmou que registrará encargos únicos, relacionados principalmente a custos de rescisão e implementação, no valor de 1,7 bilhão de dólares como parte do novo programa. A expectativa é de que a maioria dos encargos seja registrada este ano, com os desembolsos reais de caixa previstos para 2025 e 2026.
O foco estará em "eficiência operacional, mudanças na estrutura da rede e melhorias no portfólio de produtos", disse a empresa.
A Pfizer disse que o programa levará vários anos devido à complexidade na fabricação e aos prazos mais longos necessários para implementar as mudanças.
Um porta-voz disse que nenhum dos cortes de pessoal associados ao novo programa foi anunciado ainda.
(Reportagem de Michael Erman em Nova Jersey e Bhanvi Satija em Bengaluru)