Investing.com - As ações do Pão de Açúcar e da Via Varejo (SA:VVAR11), controladora da Casas Bahia e do Ponto Frio e com forte presença no e-commerce, iniciaram a jornada desta terça-feira com forte valorização na B3, liderando os ganhos do Ibovespa nos primeiros negócios do dia.
Neste contexto, os papéis da Via Varejo saltam 4,96% a R$ 30,46, enquanto os do Grupo Pão de Açúcar (SA:PCAR4) ganham 4,51% a R$ 66,99. Por outro lado, as concorrentes diretas da Via Varejo registram forte queda, com Magazine Luiza (SA:MGLU3) perdendo 2,90% a R$ 97,10 e B2W (SA:BTOW3) recuando 2,76% a R$ 25,35.
O mercado reage positivamente à notícia divulgada pela Reuters sobre um possível acordo entre o grupo varejista francês Casino Guichard Perrachon e a Amazon.com no Brasil. O modelo de parceria seria o semelhante ao realizado pelas empresas na França. Outra possibilidade, de acordo com a agência de notícias, seria a venda da Via Varejo.
O conglomerado francês anunciou que sua rede de supermercados com a bandeira Monoprix passaria a vender alimentos por meio da Amazon. A notícia impulsiona as ações da companhia também na bolsa de Paris, ganhando 4,64% a 39,30 euros. O serviço será lançado ainda neste ano na capital francesa e estará disponível por meio do aplicativo Prime Now.
Sabesp despenca com reajuste frustrante
Após a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) divulgar reajuste prevendo reajuste de tarifas abaixo do esperado pelo mercado, as ações da Companhia de Saneamento de São Paulo (Sabesp (SA:SBSP3)) operam em forte queda de 7,10% a R$ 35,98.
A Arsesp divulgou comunicado prevendo reajuste de tarifa de 4,8% para os clientes da Sabesp. De acordo com a agência, o montante resulta, principalmente, da base regulatória de R$ 38,4 bilhões e de um WACC de 8,11%. No entanto, o reajuste ainda vai passar por consulta e audiência pública, a serem realizadas até o dia 17 de abril.
Gatilho
A Arsesp chegou a propor um modelo de reajuste automático dos preços, que seria acionado sempre que houvesse variação a anormal do consumo médio de água na rede.
O reajuste deveria acontecer sempre que houvesse uma "variação anormal" do consumo médio de água da rede. A decisão era baseada na crise hídrica de 2015-15. Isso representava, na prática, que em caso de queda do consumo, por apresentar efeito negativo nas contas da companhia, o reajuste da tarifa seria superior ao índice da inflação.
A agência explicou que a regra do gatilho visava a garantia do equilíbrio econômico-financeiro da empresa. Para o reajuste, seria considerado o consumo do sistema como um todo, e não de um imóvel específico. Além disso, o ele seria válido para os dois lados, podendo levar a uma queda na tarifa caso houvesse aumento expressivo no consumo de água.