Alckmin teve conversa longa com Lutnick e governo não está fixado em prazo de tarifa, diz Haddad
Por Dhirendra Tripathi e Leandro Manzoni
Investing.com -- As ações recuaram enquanto os investidores aguardam o pronunciamento do Federal Reserve (Fed) no meio desta semana quanto à direção de sua política monetária.
Depois de atingir máximos históricos, o S&P 500 teve uma queda em consequência de preocupações de que o Fed poderia começar a discutir a redução da sua compra de títulos em um futuro próximo, após evidências de um aumento na inflação.
Os diretores do Fed disseram que acreditam que os preços mais elevados são transitórios, à medida que a economia de Estados Unidos tenta um retorno pós-pandemia, embora alguns analistas digam que a pressão sobre o banco central venha aumentando. Os rendimentos do Tesouro vêm diminuindo nos últimos dias.
Paul Tudor Jones disse à CNBC na segunda-feira que se o Fed não reconhecer a recente disparada na inflação, será um "sinal verde para entrar pesado nas negociações de inflação", como o ouro, Bitcoin e o mercado à vista.
Apesar de um salto nos preços do petróleo para os níveis mais altos em dois anos, as ações do setor energético não conseguiram se capitalizar.
O presidente Joe Biden participa de uma reunião de aliados da Otan, antes da sua esperada reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, na quarta-feira. Esta é a primeira viagem ao exterior de Biden como presidente, com uma primeira escala no Reino Unido durante o fim de semana para se reunir com os líderes do G-7 e a Rainha Elizabeth II.
No Brasil, inicia-se a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para decidir a nova taxa Selic e mais uma semana da CPI da Covid no Senado.
Aqui estão quatro assuntos que podem afetar os mercados amanhã:
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1. Preços ao produtor
A previsão é que que os preços pagos pelas empresas para produtores subam 0,6% em maio, em relação aos níveis de abril, de acordo com os analistas monitorados pelo Investing.com. Isso corresponderia ao aumento do mês anterior.
No ano a ano, espera-se que o IPP tenha aumentado 6.3%, o maior aumento desde que a agência começou a monitorar os dados em 2010. Em abril, a taxa havia subido 6,2% numa base anual.
2. Vendas no varejo
As vendas no varejo em maio, um número que exclui automóveis, são vistas com uma elevação de 0,2% em relação ao mês anterior. Elas haviam se retraído 0,8% em abril. No geral, a expectativa é que as vendas no varejo recuem 0,7% para o mês, após estarem estáveis anteriormente.
3. Balanço da Oracle
É uma semana muito tranquila para a divulgação de balanços, e a maioria dos investidores está focada na reunião de política monetária do Federal Reserve, mas há alguns relatórios técnicos. Um deles sai terça-feira vindo da Oracle Corporation (NYSE:ORCL) (SA:ORCL34), que deve anunciar lucros por ação de US$ 1,31 dólares sobre uma receita de US$ 11,02 bilhões no quarto trimestre, encerrado em 31 de maio.
4. Início da reunião do Copom, nova semana da CPI
O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para o primeiro dos dois dias de reunião de política monetária, que vai decidir a nova taxa Selic. A divulgação será na quarta-feira (16), com a expectativa do mercado de uma nova alta de 0,75 ponto percentual, levando a taxa de juros de 3,5% a 4,25%.
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O mercado tem também a expectativa da retirada do trecho “ajuste parcial” do comunicado ou uma nova projeção da taxa de juros neutra, devido à aceleração inflacionária de 0,83% do IPCA de maio e do crescimento de 1,2% do PIB brasileiro no primeiro trimestre – ambos acima do esperado.
No ambiente político, a CPI da Covid inicia uma nova semana no Senado Federal com a convocação do ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campelo. A sessão deve se concentrar no episódio da falta de oxigênio nos hospitais de Manaus (AM) durante um pico da pandemia em janeiro.