Por Abinaya V e Shubham Kalia
(Reuters) - Os promotores dos Estados Unidos levantaram preocupações sobre o uso de uma Rede Privada Virtual (VPN) pelo fundador da exchange de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried, para acessar a internet, e pediram a um juiz distrital mais tempo para discutir suas condições de fiança.
Os advogados de acusação e defesa têm negociado as condições para o uso de eletrônicos enquanto ele está sob fiança aguardando o início de seu julgamento em outubro.
Em um processo judicial feito na noite de segunda-feira, os promotores disseram que Bankman-Fried usou uma VPN para acessar a internet em 29 de janeiro e 12 de fevereiro.
"Como o advogado de defesa apontou, e o governo não contesta, muitos indivíduos usam uma VPN para fins benignos. Na visão do governo, no entanto, o uso de uma VPN levanta várias preocupações potenciais", disse a promotora Danielle Sassoon em um processo judicial no Distrito Sul de Nova York em 13 de fevereiro.
“Por exemplo, é sabido que alguns indivíduos usam VPNs para disfarçar o fato de que estão acessando exchanges internacionais de criptomoedas que usam IPs para bloquear usuários dos Estados Unidos”, disse Sassoon.
No processo, a promotoria pediu ao juiz uma prorrogação até 17 de fevereiro para resolver a questão.
Os advogados de Bankman-Fried pediram a mesma extensão em um processo separado datado de 14 de fevereiro, no qual disseram que seu cliente havia usado uma VPN para assistir a jogos de futebol americano em 29 de janeiro e ao Super Bowl em 12 de fevereiro.
O ex-bilionário de 30 anos já está temporariamente impedido de entrar em contato com funcionários atuais ou ex-funcionários de sua bolsa e fundo de hedge. Como condição para sua libertação sob fiança de 250 milhões de dólares, o juiz também o proibiu de usar aplicativos de mensagens criptografadas, como o Signal, que permitem que os usuários excluam mensagens automaticamente.
Bankman-Fried pode pegar até 115 anos de prisão se for condenado, embora qualquer sentença fique a critério do juiz.