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Queda de 1% do varejo em maio surpreende analistas

Publicado 12.07.2016, 11:26
Atualizado 12.07.2016, 11:50
© Reuters.  Queda de 1% do varejo em maio surpreende analistas
EXPN
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Supermercados: o segmento do varejo que mais surpreendeu os analistas em maio (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

SÃO PAULO – A queda de 1% do volume de vendas do varejo de abril para maio surpreendeu os analistas. O banco Haitong projetava uma alta de 0,7%, enquanto a Rosenberg Associados esperava 0,4%. A crise, contudo, impediu que até mesmo o Dia das Mães, considerado o Natal do primeiro semestre, contribuísse para um desempenho positivo.

Primeiro, porque as vendas desta data recuaram 8,4% neste ano, segundo a Serasa Experian (LON:EXPN), especializada em análise de crédito. Segundo, porque isso diz muito sobre a situação geral do varejo neste novo ano de recessão. A crise afeta tanto os varejistas que dependem sobretudo da renda do consumidor, quanto dos que vendem a crédito.

No primeiro grupo, estão os supermercados e hipermercados, considerados o fator mais surpreendente de maio por Flávio Serrano, economista sênior do banco Haitong. “A inflação mais alta dos alimentos afetou os resultados”, diz. As vendas desse segmento frearam: subiram apenas 0,2% em maio. Em abril, a alta fora de 1,2%.

Sinais de esperança

Mas os números divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também trazem sinais de esperança, segundo Serrano. Um deles é a reação de veículos, motos e autopeças, cujo volume de vendas cresceu 1% sobre abril.

Serrano acrescenta que a indústria também elevou a produção no segundo trimestre, o que indica que começou a repor os estoques do varejo. “Na margem, o resultado surpreendeu, mas a dinâmica do setor está dentro do previsto.” Isso significa, segundo o economista do Haitong, que o segundo trimestre ainda deve fechar no vermelho. Os sinais de estabilização deverão vir no terceiro trimestre.

Já a Rosenberg aconselha não contar com datas festivas para puxar as vendas neste ano. O desempenho pífio do Dia das Mães deve se repetir no Dia dos Namorados (junho) e no Dia das Crianças (outubro).

Segundo relatório da consultoria, divulgado pela Bloomberg, “um dos potenciais gatilhos para uma melhora da atividade econômica será a desaceleração da inflação, aumentando a renda real disponível e permitindo uma política monetária mais frouxa por parte do BC.” Traduzido: renda maior beneficia setores como supermercados, vestuários e calçados. Política monetária frouxa quer dizer juros menores, o que voltaria a incentivar as vendas a crédito, como móveis, eletrodomésticos e veículos.

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