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Quod, bureau de crédito dos bancos, vai estrear com base de 100 milhões de pessoas

Publicado 13.06.2018, 13:23
© Reuters.  Quod, bureau de crédito dos bancos, vai estrear com base de 100 milhões de pessoas
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Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O Quod, bureau de crédito controlado pelos maiores bancos do Brasil, deve iniciar suas operações até o fim do ano com uma base estimada em cerca de 100 milhões de pessoas, o que deve lhe garantir uma vantagem em relação aos concorrentes, disseram executivos à Reuters.

Controlado por Itaú Unibanco (SA:ITUB4), Santander Brasil (SA:SANB11), Bradesco (SA:BBDC4), Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Caixa Econômica Federal, o Quod vai concorrer com gestoras de crédito como Serasa Experian (LON:EXPN), Boa Vista SCPC e SPC Brasil.

"A base robusta de dados é, sem dúvida, um diferencial", disse o presidente-executivo da companhia, Rodrigo Abreu, durante o Ciab, congresso anual de tecnologia do setor bancário.

Além da base própria de dados, o Quod deve iniciar as operações em um cenário em que o chamado Cadastro Positivo estará operando em sua potencialidade. Criado em 2013, o Cadastro Positivo, tido como um fator para derrubar as altas taxas de juros oferecidas por bancos, jamais deslanchou.

Para especialistas, o principal entrave para o sistema que avalia o histórico de crédito do potencial tomador é o seu atual modelo de adesão, que ainda hoje depende de aprovação prévia do interessado em tomar crédito, o chamado "opt in".

Mas caso a Câmara dos Deputados aprove um projeto que está na pauta, a lógica será invertida e todos os correntistas de bancos vão entrar de imediato na base de dados, a menos que se manifestem em contrário, o 'opt out'. Com a mudança, os analistas entendem que o Cadastro Positivo finalmente deve ter volume suficiente de dados para funcionar adequadamente.

Como o Quod já terá acesso à base de correntistas dos cinco maiores bancos do país, responsáveis por cerca de 90 por cento dos ativos do sistema financeiro nacional, a empresa inicia suas operações com bastante vantagem em relação às rivais.

O sistema do Quod será administrado pelo grupo norte-americano de tecnologia LexisNexis, que já opera dentro bureaus de crédito nos Estados Unidos. O modelo prevê acesso de bancos ao histórico de financiamento de potenciais tomadores de empréstimos, o que lhes permite oferecer juro menor aos clientes de menor risco.

Segundo o presidente-executivo global da LexisNexis, Rick Trainor, a entrada em vigor do Cadastro Positivo em condições semelhantes aos de mercados nos quais a companhia já opera, como os Estados Unidos e o México, pode fazer o país ampliar a proporção de crédito em relação ao PIB, ao mesmo tempo em que as taxas médias de inadimplência recuam.

"Nos países em que o cadastro positivo funciona, mesmo em emergentes, a proporção do crédito é muito maior", disse Trainor.

Pelas contas da LexisNexis, o índice médio de inadimplência acima de 90 dias é de 1,7 por cento nos EUA e de 2,2 por cento no México. Segundo dados mais recentes do Banco Central, o índice no Brasil era de 4,7 por cento em abril.

O lançamento do Quod, que deve começar a operar até o fim de 2018, acontece em meio à multiplicação no país das fintechs, plataformas independentes que têm crescido ofertando crédito e outros produtos e serviços financeiros mais baratos do que o setor bancário tradicional.

Na semana passada, o presidente do portal de finanças pessoais GuiaBolso, Thiago Alvarez, disse à Reuters que só sua unidade de empréstimos, Just, deve originar cerca de 1 bilhão de reais em 2019.

Com o Quod, além de terem uma central de dados própria, os bancos terão maior capacidade de aplicar inteligência às informações de seus próprios clientes.

Segundo Trainor, além dos próprios bancos, o Quod também vai oferecer seus serviços para varejistas, fornecedores e vários outros setores da economia que oferecem produtos para receber pagamentos posteriormente, seja para pessoas ou para empresas de pequeno porte.

"Há todo um universo de possibilidades de criar novos produtos e oferta de mais crédito quando há acesso a melhores informações de risco", disse Trainor.

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