Os analistas do Bank of America (NYSE:BAC) divulgaram um relatório, mostrando que seus clientes foram compradores líquidos de ações dos EUA na semana passada, quando o S&P 500 avançou 0,8%. Os fluxos totais somaram US$ 3,7 bilhões.
Essa foi a quarta semana seguida de compras líquidas, de acordo o relatório do banco, que destacou uma mudança na alocação, com os clientes preferindo ETFs e reduzindo exposição a ações individuais.
Essa dinâmica contrasta com a tendência verificada nas três semanas anteriores, quando o fluxo para ações superou o direcionado para ETFs.
A demanda por compras foi evidente tanto entre os clientes de varejo quanto entre os clientes institucionais, sendo os clientes de varejo os principais responsáveis por esse movimento. Os clientes de varejo registraram compras líquidas pela primeira vez em três semanas, enquanto os clientes institucionais acumularam compras líquidas pela terceira semana seguida.
Por outro lado, os fundos de hedge foram vendedores líquidos pela primeira vez em três semanas. Apesar disso, permanecem como a única categoria de clientes com compras líquidas acumuladas no ano.
Os estrategistas do BofA observaram que o setor de Saúde teve as maiores retiradas de recursos, registrando as maiores vendas no setor desde maio de 2022 e das terceiras maiores vendas desde 2008. Isso ocorreu após entradas quase recorde na semana anterior.
Eles também destacaram que as oscilações nos fluxos para o setor de Saúde podem sinalizar incerteza contínua ou falta de confiança. Vale lembrar que o BofA mantém uma posição “underweight” (abaixo da média) em Saúde no índice S&P 500, com um desempenho inferior ao do segmento de small caps.
A tendência em favor de small caps persistiu, com os clientes demonstrando apetite tanto por grandes empresas quanto por companhias de menor capitalização. No entanto, optaram por vender mid caps pela quarta semana consecutiva.
As small caps tiveram uma grande retirada de recursos na primeira metade do ano e estão registrando um influxo consistente de capital por nove semanas consecutivas. Com base nesse padrão, os analistas do BofA veem a possibilidade de um potencial rali de recuperação no segmento de small caps.