SÃO PAULO (Reuters) - A empresa de geração limpa Renova Energia (SA:RNEW11), controlada por Cemig (SA:LIGT3) e Light (SA:LIGT3), fechou 2017 com prejuízo de 1,14 bilhão de reais, contra perdas de 1,1 bilhão de reais no ano anterior, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira.
A geração de caixa da companhia, medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), foi negativa em quase 740 milhões de reais, contra 620,2 milhões de reais negativos em 2016.
Mesmo o Ebitda ajustado, que desconsidera perdas reconhecidas em ativos e impairments, foi negativo em 83 milhões, contra 29,8 milhões positivos no ano anterior.
A Renova está em fase de conclusão de uma transação de venda de ativos de energia eólica para a Brookfield (TO:BAMa), incluindo a usina de Alto Sertão III, em fase final de construção, e projetos em desenvolvimento. O negócio envolve 650 milhões de reais e mais a transferência de dívidas do projeto em andamento.
A Renova ainda poderá receber no futuro 150 milhões de reais, a título de "earn-out", atrelados à geração futura do complexo Alto Sertão III. O negócio envolve ainda 1,1 gigawatt em projetos eólicos em desenvolvimento, pelos quais a Brookfield pagará 187 mil por MW, também como "earn out".
A Renova ainda recebeu nesta quarta-feira uma proposta da Cemig para a compra de sua fatia na Brasil PCH, que controla 184 megawatts em hidrelétricas.
Se fechados os negócios com Brookfield e Cemig, a Renova ficará com apenas três pequenas hidrelétricas, que somam 41,8 megawatts em capacidade.
A companhia fechou 2017 com 1,3 bilhão de reais em dívidas. Se fechada a venda de projetos para a Brookfield, o endividamento deverá cair para 395,5 milhões de reais.
(Por Luciano Costa)