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Resumo da Semana: Exterior e política ajudam e bolsa supera os 61 mil pontos

Publicado 07.10.2016, 17:35
Resumo: Exterior e política ajudam e bolsa supera os 61 mil pontos
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Investing.com - A onda de boas notícias da economia e da política nesta semana levou a bolsa brasileira a supera os 61 mil pontos pela primeira vez desde a eleição presidencial de 2014. O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira aos 61.108 pontos, ganho de 4,7% frente ao fechamento da semana passada.

A recuperação da bolsa, que atingiu no início do ano o menor patamar desde a crise mundial de 2008, vem com a percepção de que o governo efetivamente quer e é capaz de entregar o ajuste fiscal e a reforma da Previdência, tidos como essenciais para que o país volte a crescer.

O otimismo começou já no primeiro pregão do mês, na segunda-feira, na sequência da vitória dos partidos da base aliada ao governo Michel Temer nas eleições municipais. A leitura do mercado foi de que, fortalecidos, os partidos da base aliada - especialmente o PSDB com a surpreendente eleição no primeiro turno de João Dória em São Paulo - teriam mais capital político para avançar com os temas no Congresso.

Com o controle da Câmara dos Deputados, o governo conseguiu aprovar na comissão especial a PEC que impõe um teto aos gastos públicos. O governo aposta todas as suas fichas no tema, que colocará um limite ao crescimento desenfreado dos gastos públicos, controlando a trajetória da dívida. O presidente da Casa, Rodrigo Maia, garantiu a votação do projeto no Plenário na próxima segunda-feira.

Ainda na Câmara, o governo também assegurou a aprovação do fim da obrigatoriedade de operação e participação mínima de 30% da Petrobras nos ativos do pré-sal. A aprovação do tema, que chegou a ser negociado com o governo anterior, no fim do mandato de Dilma Rousseff, deverá destravar os investimentos para o setor, segundo associação das petroleiras.

Com a perspectiva de aprovação sem maiores dificuldades do teto de gastos, os olhos se voltam para a capacidade do governo em aprovar a reforma da Previdência. O texto foi recebido pelo presidente Michel Temer, que deverá fazer com sua equipe os últimos ajustes antes de enviar ao Congresso. Esse tema é tido como mais espinhoso de necessitará de muita negociação para que passe sem descaracterizações. A expectativa é que o projeto passe a tramitar nas próximas duas semanas, antes do segundo turno da eleição municipal.

Ainda no radar dos investidores, a forte queda do IPCA de setembro embala as apostas para um corte da Selic na próxima reunião do Copom, nos dias 18 e 19 de outubro.

Internacional

O cenário internacional que pesou na semana passada com o temor em relação à viabilidade do Deutsche Bank ficou mais ameno nesta semana e as preocupações foram deixadas temporariamente de lado com os olhos voltando para os dados de emprego dos EUA. A geração de vagas no país em setembro foi divulgada nesta sexta pela manhã e veio abaixo do projetado pelo mercado.

A diretora do Fed, Loretta Mester, em entrevista à CNBC afirmou que o país está em pleno emprego e que os juros deverão subir em breve. Os analistas entenderam que não há espaço para manutenção do atual patamar de juros e o Fed deverá elevar a taxa na reunião de dezembro. Para 2017, contudo, o ritmo poderá diminuir após os dados mais vacilantes do mercado de trabalho.

As preocupações com a Europa também se diluíram ao longo da semana com a ata da reunião do BCE que mostrou que os diretores pretendem manter os estímulos até retomar o crescimento.

O receio em relação ao Reino Unido, contudo, cresceu com a definição do calendário do Brexit. Segundo a primeira-ministra do país, Theresa May, o primeiro passo para sair da União Europeia será dado até o fim do primeiro trimestre de 2017. Na sexta-feira, um movimento brusco provocou a desvalorização de 10% na libra em um movimento entendido como um erro em algoritmos de terminais de operação, que, em efeito manada, dispararam venda após o início de movimento brusco para baixo. A forte queda da moeda, que renovou as mínimas de 31 anos, desorganizou o mercado pela manhã.

Bovespa

Petrobras (SA:PETR4). Após cinco semanas na casa dos R$ 13, a ação preferencial da companhia avançou 11,5% de segunda a sexta-feira e encerrou a R$ 15,26, maior patamar em dois anos. Além da aprovação do fim da obrigatoriedade do pré-sal, a empresa avançou na venda de ativos, especialmente da BR e dos campos de Baúna e Tartaruga. A companhia também iniciou a saída do setor de biocombustíveis com o fechamento de unidade no Ceará.

Vale (SA:VALE5). A mineradora subiu 5% na Bovespa nesta semana em meio ao cenário otimista interno. A venda dos ativos de fertilizantes da empresa está encaminhada e a proposta deverá ser apreciada na próxima reunião do conselho de administração. A operação é estimada em US$ 3,5 bilhões.

Embraer (SA:EMBR3). Após aceitar a demissão de 8% de sua força de trabalho, a empresa iniciou nova fase de seu programa de demissão voluntária. A ação registrou a segunda maior queda semanal na Bovespa com -4,3%.

CSN (SA:CSNA3). A siderúrgica busca avaliar a Congonhas Minérios por US$ 30 bilhões a US$ 35 bilhões e pretende negociar uma fatia de 20-25% para uma empresa chinesa. A ação foi destaque na bolsa esta semana com a alta de 14%. A Gerdau (SA:GGBR4) e a Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) também avançaram com o anúncio de reajuste médio de 5% nos aços planos.

Usiminas (SA:USIM5). A empresa não conseguiu acompanhar o otimismo das demais siderúrgicas em meio a sua disputa societária. O presidente Sergio Leite foi afastado pela Justiça de Minas Gerais que, a pedido da Nippon Steel, cancelou assembleia de sua nomeação. A ação subiu 5% na semana.

Eletrobras (SA:ELET3). A estatal identificou indícios de pagamento de propina em outras obras além de Belo Monte e de Angra 3.

Anima. A educacional adquiriu por R$ 24 milhões faculdades politécnicas em Goiás e Minas Gerais.

Oi (SA:OIBR4). A negociação com o Elliott Management fracassou em meio à recuperação judicial.

Commodities

Petróleo. A commodity disparou e recuperou o patamar de US$ 50 no WTI e US$ 52 no Brent após a aprovação, na semana passada, do acordo da Opep para cortar a produção. Na quarta-feira, os EUA anunciaram a quinta semana consecutiva de redução nos estoques animando ainda mais os investidores. O avanço do furacão Matthew para a costa dos EUA também sustentou a alta com a paralisação das atividades de importação e parte da produção na região.

Soja. O início do mês traz os ajustes nas expectativas da safra para o próximo ano. Safras & Mercados estima colheita de 103,5 milhões de toneladas, enquanto a Conab prevê 104 milhões de toneladas. A FCStone aponta para 101,85 milhões de toneladas.

Indicadores

Inflação. O IPCA fechou a 0,08% no menor patamar para setembro desde 1998. IGP-DI caiu para 0,03% e o IPC-S veio a 0,07%. O IPC-Fipe caiu 0,14%.

Superávit. O país teve o melhor setembro desde 2006 com US$ 3,803 bilhões.

Produção industrial. A indústria decepcionou com a queda de 3,8% em agosto, interrompendo cinco meses de alta.

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