Investing.com - A chegada do furacão Matthew à costa sudeste dos Estados Unidos ajudou a sustentar nova alta no preço do petróleo nesta quinta-feira (6/10).
A cotação do WTI, negociado na bolsa de Nova York, avançou 1,2% e fechou acima dos US$ 50,40, maior patamar desde o início de junho. Já o Brent renovou as máximas de quatro meses com alta de 1,3%, aos US$ 52,50/b.
O avanço do furacão de categoria quatro – em uma escala que vai até cinco – sobre a costa sudeste dos EUA deverá provocar a interrupção de parte da produção, em queda há mais de um ano. O maior impacto na oferta, entretanto, será sentido com a paralisação de parte das importações dos EUA, que majoritariamente passam pelo Golfo do México. O avanço da tempestade provoca o desvio de navios petroleiros para outras regiões, esperando um tempo mais estável para descarregar os pedidos.
Essa paralisação da navegação comercial na região deverá pressionar ainda mais os estoques do país, um dos principais entraves à maiores preços da commodity no mercado internacional. No curto prazo, a pressão nos preços aumenta com a maior demanda de gasolina e demais combustíveis com a perspectiva de falta de produtos e criação de estoques familiares para atravessar o período da tormenta.
Com o avanço do furacão ao longo da costa oeste, contudo, a expectativa é que haja na próxima semana uma redução da demanda de energia provocada pelas suspensões de jornadas de trabalho, evacuações e pedidos do governo para que a população permaneça em casa.
A alta de hoje se soma à subida da cotação dos últimos dias provocada pelo acordo da Opep e as cinco semanas seguidas de redução nos estoques dos EUA. Ontem, a surpreendente queda de quase 3 milhões de barris dos estoques de petróleo divulgada levou os preços do petróleo para máximas, renovadas no pregão de hoje.
O otimismo com a commodity se mantém desde a quarta-feira da semana passada com a divulgação de que a Opep teria chegado a um acordo para cortar a produção para o nível entre 32,5 milhões de barris/dia e 33 milhões de barris/dia. Os detalhes do acordo, contudo, só serão conhecidos na próxima reunião do cartel no final de novembro.