Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O cenário energético no Brasil passa por um momento delicado, com a falta de chuvas reduzindo o potencial dos reservatórios. Porém, o Operador Nacional do Sistema (ONS) afirmou que as chuvas para região sul e sudeste devem vir muito melhores do que era esperado anteriormente.
Assim, é possível que empresas de geração de energia e saneamento básico se beneficiem no médio e longo prazo, segundo a Genial Investimentos, elevando a capacidade de operação dessas empresas. Mas ainda é necessário esperar os próximos meses para ter uma ideia consolidada se as chuvas serão o suficiente para abastecer os reservatórios.
Já em relação ao nicho de transmissão, o banco Inter espera que a crise hídrica tenha um impacto menor no segmento. O banco destaca que essas empresas costumam ter um perfil defensivo, uma vez que elas possuem uma dinâmica de remuneração própria e bastante distinta, na qual o faturamento é dado pela disponibilidade das linhas e não pela quantidade de energia transmitida.
Omega Geração (SA:OMGE3)
Considerando que sem as hidrelétricas a geração eólica e solar são mais atrativas em termos de preços e rentabilidade, a Omega vem se destacando pelo seu crescimento e performance operacional. O Inter recomenda compra do ativo, com preço-alvo em R$ 47 para o fim do próximo ano.
AES Brasil (SA:AESB3)
O cenário de curto prazo ainda é delicado para as hidrelétricas, o que faz com o que o Inter mantenha uma indicação neutra sobre a AES Brasil, com preço-alvo em R$ 16 para 2022. Ainda assim, o banco destaca como positiva a iniciativa da empresa de investir em fontes de energias eólicas e solares para reduzir a dependência dos reservatórios.
Engie (SA:EGIE3)
A Engie ficou bastante exposta com a crise hídrica e sofreu com a volatilidade dos preços nos últimos tempos, mas o Inter destaca que a empresa deve seguir com forte geração de caixa e continua sendo uma das mais eficientes do setor elétrico. Assim, a recomendação do banco é neutra, com preço-alvo em R$ 47 para 2022.
Alupar (SA:ALUP11)
O Inter indica a compra da Alupar, com preço-alvo em R$ 30. Segundo o relatório, a companhia apresenta resultados satisfatórios na parte de transmissão e atualmente o preço das ações está pressionado, levando em consideração o seu potencial de geração.
Taesa (SA:TAEE11)
Os impactos da macroeconomia, principalmente a inflação, contraposto por uma maior taxa de desconto, WACC de 6,9% para 7,4%, capturando o cenário de risco atual, fizeram com que o Inter elevasse o preço-alvo da Taesa para R$ 39, com uma recomendação neutra.
Isa Cteep (SA:TRPL4)
Assim como no caso da Taesa, a Isa Cteep é bastante influenciada pelo cenário macroeconômico, segundo o Inter. A indicação para esse ativo é neutra, com preço-alvo em R$ 27. Porém, o relatório afirma que esta é uma boa opção para uma carteira focada em dividendos, já que o Inter projeta um dividend yield próximo a 8% até 2022.
Cesp (SA:CESP6) e Sabesp (SA:SBSP3)
A Genial Investimentos recomenda compra das ações da Cesp e da Sabesp, considerando que as empresas de saneamento serão positivamente afetadas pelas chuvas, uma vez que o tratamento e distribuição das águas são a essência do seu serviço.