Investing.com – Investidores acompanham de perto a repercussão da investida do Irã contra Israel, monitorando como uma possível escalada de tensão pode afetar os mercados, incluindo dólar e petróleo.
No final de semana, o Irã realizou pela primeira vez na sua história um ataque contra Israel de forma direta, a partir do seu território. “Os mercados demonstram sinais de alívio após o posicionamento contrário dos países, em especial dos EUA, a uma resposta de Israel ao Irã, o que poderia iniciar um conflito direto”, destaca a Ativa Investimentos.
Os investidores estão focados para uma eventual resposta do governo israelense ao ataque, “uma vez que um conflito abrangente com o Irã poderia perturbar ainda mais o fornecimento de petróleo”, completa a Guide.
O Irã é o terceiro maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), com produção de mais de três milhões de barris por dia de petróleo bruto. Dessa forma, uma guerra com Israel provavelmente poderia atingir o fornecimento global que já vem sendo pressionado por conflitos na região.
Os danos limitados causados pelo ataque reduziram, até o momento, os temores sobre um conflito regional mais amplo, o que poderia afetar a oferta da região, que é rica em petróleo. Até o momento, “a não-escalada do conflito provoca leve queda no preço da commmodity”, reforça a XP Investimentos (BVMF:XPBR31).
Impactos na economia brasileira
Eventuais impactos na economia brasileira também são monitorados de perto por analistas. Segundo o economista-chefe da Genial Investimentos, José Marcio Camargo, a “provável reação de Israel, poderá gerar forte aumento dos preços do petróleo, pressão sobre a taxa de inflação nos Estados Unidos, fuga generalizada de investidores para o dólar, valorização da moeda americana e, na mais otimista das hipóteses, adiamento do início do processo de queda dos juros no país ou, até mesmo, aumento e não de queda das taxas de juros”.
De acordo com o economista, se esse cenário ocorrer de fato, deve forçar o Banco Central do Brasil a interromper o processo de cortes na taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic, alerta Camargo, indicando “muita incerteza à frente”.
Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren Investimentos, afirma que o conflito no Oriente Médio pode afetar mais a taxa de câmbio se houver uma escalada das tensões, “o que poderia provocar um movimento de aversão a risco e valorização global do dólar”.
Goldenstein concorda que a alta no petróleo e na moeda americana poderiam prejudicar o ciclo de queda de juros. “Se o BC encerrar o ciclo com uma taxa Selic num patamar ainda bem restritivo, isso geraria efeitos negativos sobre o mercado de crédito e a atividade doméstica”, completa.
Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren, afirma que os combustíveis podem sofrer aumentos, diante de um espaço maior da defasagem da gasolina, pressionando a Petrobras (BVMF:PETR4). “Fora isso, o câmbio impacta todos os bens duráveis, a inflação importada”, conclui.
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