Rumo vê preços de frete em 2026 em patamar próximo do 2º semestre de 2025

Publicado 17.11.2025, 10:27
Atualizado 17.11.2025, 11:42
© Rumo

SÃO PAULO (Reuters) -A transportadora ferroviária Rumo espera para 2026 um nível de frete semelhante ao patamar da segunda metade deste ano, vendo um início de ano com demanda forte por alto volume de estoque de passagem de milho e semeadura antecipada de soja, afirmaram executivos da companhia nesta segunda-feira.

"Vemos como base patamares similares de preços ao segundo semestre de 2025", disse o presidente-executivo da Rumo, Pedro Marcus Palma, em teleconferência com analistas sobre os resultados de terceiro trimestre da companhia publicados na sexta-feira.

"Ao longo do tempo, já demonstramos que somos capazes de subir rapidamente preço, que é o que fizemos entre 2022 e 2024 em que subimos mais de 60%", acrescentou o executivo citando um panorama de margens "bastante saudáveis" para a empresa.

Segundo Palma, o volume de estoque de passagem de milho é de cerca de 15 milhões de toneladas, o que deve gerar demanda de transporte em dezembro e também no início de 2026. "Esse estoque todo não tem como ser transportado em dezembro", afirmou.

Já o vice-presidente financeiro, Guilherme Machado, citou ainda a ocorrência de plantio antecipado de soja neste ano, compondo um cenário de demanda elevada de transporte para a empresa em 2026.

"Vamos virar ano com estoque de passagem de milho grande, mas deveremos ter também uma colheita antecipada de soja e isso impõe para o sistema nível de demanda por logística maior, diferente de 2025, quando a colheita de soja foi tardia", afirmou Machado.

As ações da companhia lideravam as quedas do Ibovespa nesta segunda-feira, exibindo baixa de 4,96% às 10h39, enquanto o índice tinha recuo de 0,3%.

PROJETOS

Questionado sobre projetos futuros, Machado afirmou que a Rumo tem interesse em manter a Malha Sul e devolver a Malha Oeste ao governo.

No caso da Sul, Machado afirmou que a empresa quer manter a ferrovia em seu portfólio, desde que "dentro de um modelo que seja economicamente viável...Vamos avaliar as alternativas". O vencimento do contrato de concessão, duramente atingida pelas enchentes no Rio Grande do Sul em 2024, ocorre em fevereiro de 2027 e grande parte dos fluxos de transporte é destinada aos portos de Paranaguá (PR), São Francisco do Sul (SC) e Rio Grande (RS).

Já sobre a Malha Oeste, entre o litoral de São Paulo e Corumbá (MS), o contrato se encerra em junho do próximo ano "e aqui o caminho é entregar o ativo para o governo e avaliar como fazer um encontro de contas dentro dos balanços de ativos e passivos", disse o vice-presidente financeiro da Rumo, citando que as "tratativas são amigáveis como o governo".

Sobre a próxima fase de expansão da Rumo no Mato Grosso, o presidente da companhia citou que a empresa está finalizando cálculos sobre investimentos e resultados esperados antes de levar uma proposta ao conselho de administração da empresa. "Enxergamos de forma positiva o crescimento da demanda e a competitividade que a gente pode ter", afirmou.

(Por Alberto Alerigi Jr.; Edição Michael Susin)

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