Por Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - Um salto nas receitas na divisão de banco de investimento deu impulso ao lucro do BTG Pactual (SA:BPAC11) no segundo trimestre, resultado também beneficiado com bom desempenho nas áreas de tesouraria e de gestão de recursos.
O grupo, que se apresenta como maior banco de investimentos independente da América Latina, anunciou nesta terça-feira que teve lucro líquido de 622 milhões de reais no período, aumento de 23,7 por cento ante igual etapa de 2017. Em termos ajustados, o lucro subiu 13,6 por cento, a 685 milhões de reais.
Motor do resultado, a unidade de investimento viu sua receita disparar quase 1.000 por cento, a 209,9 milhões de reais, "o melhor trimestre de todos os tempos", disse o banco, refletindo forte atividade em emissão de renda fixa e em assessoria financeira para negócios como fusões.
As receitas dos segmentos sales & trading, asset management e wealth management cresceram 74, 39 e 38 por cento, respectivamente, no comparativo ano a ano, levando a receita total a um avanço de 46 por cento.
Na outra ponta, a receita com empréstimos para empresas diminuiu 19 por cento ano a ano, a 234 milhões de reais. Na comparação sequencial, entretanto, essa linha subiu 37 por cento, refletindo o aumento de 3,5 bilhões de reais na carteira de crédito total em três meses, para 26,1 bilhões de reais.
A receita com a linha juros & outros caiu 54 por cento contra um ano antes, para 153 milhões de reais.
As despesas operacionais do BTG Pactual somaram 583,7 milhões de reais no trimestre, crescimento de 17,3 por cento sobre as do mesmo período de 2017, "principalmente devido à desvalorização do real", afirmou o banco.
No conjunto, a rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido do BTG Pactual foi de 14,5 por cento, aumento de 1,2 ponto percentual sobre um ano antes.