Investing.com – Após conquistarem impulso pelas eleições de governadores considerados “pró-mercado”, podendo priorizar privatizações, empresas como Sabesp (BVMF:SBSP3), Copasa (BVMF:CSMG3) e Sanepar (BVMF:SAPR11), que atuam em serviços públicos de água em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, enfrentam riscos crescentes de retrocessos, segundo relatório do Itaú BBA divulgado aos clientes e ao mercado.
Notícias recentes indicam que a equipe do governo eleito a nível federal estuda possíveis mudanças no marco regulatório do setor de saneamento. De acordo com os analistas Marcelo Sá, Fillipe Andrade, Luiza Candiota e Karoline Correia, isso seria extremamente negativo para o setor, “reduzindo os investimentos futuros e postergando a universalização dos serviços de saneamento”, afirmam.
Hoje, a legislação permite a manutenção de contratos com os municípios em caso de privatização. Além disso, a Lei de Saneamento prevê que as empresas e os municípios devem comprovar a operação e capacidade financeira para atingir a universalização dos serviços de esgoto e água até o ano 2033, seja para novos contratos de concessão ou para os em operação.
Caso as companhias não cumpram esses requisitos, precisam apresentar um plano que pode incluir uma privatização ou uma parceria com o setor privado. “Nosso medo é que o governo eleito mude esses requisitos, permitindo que empresas que prestam um serviço de baixa qualidade continuem operando”, reforçam os analistas.
Às 14h (de Brasília), as ações preferenciais da Sanepar subiam 3,17%, a R$3,58.
Os papéis ordinários da Copasa apresentavam valorização de 2,49%, a R$15,67.
Já as ações da Sabesp tinham alta de 3,40%, a R$56,61.