Por Nora Eckert
DETROIT (Reuters) - O sindicato dos trabalhadores da indústria automotiva United Auto Workers (UAW) está lançando uma operação nos Estados Unidos para mobilizar seu um milhão de trabalhadores ativos e aposentados para votar em Kamala Harris na eleição de 5 de novembro, disse a entidade nesta quarta-feira, dando um possível impulso à democrata em Estados cruciais.
O presidente do UAW, Shawn Fain, e sua diretoria executiva endossaram Kamala no final de julho, e Fain tem expressado sobre sua oposição ao adversário republicano de Kamala, o ex-presidente Donald Trump.
A influência e o número de membros do UAW estão concentrados em Michigan, onde fica sua sede, com representações também em Wisconsin, Ohio e Pensilvânia, Estados-chave que podem influenciar o resultado da eleição presidencial dos EUA.
Em 2020, os membros do sindicato foram responsáveis por 9,2% dos votos do presidente dos EUA, Joe Biden, em Michigan, segundo o sindicato. O UAW afirmou que sua estratégia nesta eleição incluirá contato com os membros pela internet, nos locais de trabalho e no porta em porta.
O sindicato não quis revelar quanto desembolsaria em sua operação eleitoral, mas uma pessoa com conhecimento do programa disse que ele planeja gastar milhões de dólares.
Na semana passada, Fain se reuniu com Kamala e seu candidato a vice-presidente, Tim Walz, em duas paradas de campanha em Detroit.
A entrada de Kamala na corrida presidencial após Biden se retirar no mês passado energizou os democratas, e ela agora detém uma pequena vantagem nacional sobre Trump, embora as pesquisas mostrem que continua sendo uma eleição apertada.