Dólar se reaproxima dos R$5,60 impulsionado pelo exterior após acordo entre EUA e UE
(Reuters) - O S&P 500 e o Nasdaq atingiram máximas recordes nesta segunda-feira, após um acordo comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia impulsionar a confiança dos investidores, dando início a uma semana decisiva com balanços, uma reunião do Federal Reserve e um prazo iminente para a imposição de tarifas.
O Dow Jones subia 0,03%, a 44.914,95 pontos. O S&P 500 tinha alta de 0,13%, a 6.396,99 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançava 0,35%, a 21.181,97 pontos.
O presidente Donald Trump e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, revelaram uma estrutura para um acordo comercial no domingo, reduzindo as tarifas de importação sobre a UE para 15% - metade da taxa anteriormente ameaçada, programada para 1º de agosto.
Na semana passada, uma série de acordos com os principais parceiros comerciais dos EUA, incluindo o Japão, a Indonésia e as Filipinas, impulsionou ganhos robustos em Wall Street.
Mas a notável recuperação do mercado enfrenta um teste crucial nos próximos dias, já que Meta, Microsoft (NASDAQ:MSFT), Amazon (NASDAQ:AMZN) e Apple (NASDAQ:AAPL) se preparam para divulgar seus lucros, o que pode definir o tom de Wall Street.
Na semana passada, a Alphabet (NASDAQ:GOOGL) surpreendeu Wall Street com um ousado aumento nos gastos de capital, reavivando o otimismo em relação à inteligência artificial, mesmo quando a Tesla (NASDAQ:TSLA) alertou sobre os difíceis trimestres que estão por vir em meio à redução dos subsídios para veículos elétricos.
"Esta é a semana mais movimentada que os mercados podem ter. Esta semana pode fazer ou desfazer esse impulso no curto prazo. O setor de tecnologia tem o potencial de liderar o mercado, seja para cima ou para baixo", disse Chris Larkin, diretor administrativo de negociações e investimentos no Morgan Stanley (NYSE:MS).
O mais recente pacto com o bloco europeu aumentou as expectativas de que uma guerra comercial global pode ser evitada, enquanto outras economias estão se esforçando para finalizar os acordos antes do prazo final.
Espera-se que as negociações em andamento entre os EUA e a China estendam sua frágil trégua comercial por mais três meses, enquanto discussões com a Índia ainda estão em andamento.
Um dos principais destaques da semana será a reunião do Federal Reserve, que começa na terça-feira, com os operadores esperando amplamente que o banco central mantenha a taxa de juros estável. De acordo com a ferramenta FedWatch da CME, as chances de um corte em setembro estão em 63%.
A reunião ocorre em meio a uma campanha agressiva da Casa Branca para pressionar o Fed a reduzir os juros. Na sexta-feira, Trump sugeriu que Powell poderia estar pronto para cortar a taxa.
(Reportagem de Nikhil Sharma e Pranav Kashyap em Bengaluru)