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“S&P 500 está sobrevalorizado e pode despencar mais de 60%”, alerta gestor

Publicado 17.10.2023, 13:09
© Pavlo Gonchar / SOPA Images/Sipa via Reuters Connect
US500
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Investing.com - O mercado acionário está em um nível de supervalorização crítico, com um risco de correção de mais de 60%, segundo o alerta do renomado gestor de fundos de hedge John Hussman. Ele diz que os múltiplos de mercado estão entre os três mais altos da história dos EUA, similares aos topos de 1929 e 2000. Vale lembrar que esses dois períodos de euforia terminaram em crises, e Hussman acredita que o atual ciclo de mercado seguirá o mesmo padrão.

O gestor, que está à frente do Hussman Investment Trust, baseia seu cenário pessimista em uma análise dos retornos do mercado acionário ao longo do último século. Ele ressalta que "quase todos os ciclos de mercado da história voltaram às médias históricas de retornos esperados para o S&P 500".

Nessa situação, estima que seria preciso uma queda de cerca de 63% no S&P 500 para que essa normalização ocorresse, indicando a chance de o benchmark cair para perto de 1.600 pontos, o menor nível desde 2013.

É importante destacar que ele não faz uma projeção, mas oferece uma estimativa historicamente consistente do risco potencial de desvalorização decorrente de mais de uma década de alocação alimentada pelo Federal Reserve em busca de retorno. Por isso, aconselha os investidores a se prepararem para possíveis volatilidades.

Hussman também afirma que o S&P 500 atualmente está precificado para gerar retornos negativos nos próximos 10 a 12 anos. A diferença entre os retornos esperados das ações e dos títulos está em um dos níveis mais desfavoráveis da história, e ele prevê que o desempenho do índice será inferior aos juros dos títulos do Tesouro em cerca de 6,5% ao ano na próxima década.

O filantropo e economista enfatiza ainda que as ações não vão necessariamente derreter, mas alerta que, quando o ajuste acontecer, poderá ser rápido. Hussman lamenta que os investidores tenham se acostumado a anos de bons retornos e estejam menos atentos a uma retração expressiva. Ele nota que "o mesmo erro foi cometido antes da grande crise de 1929 e da bolha das empresas de internet no início dos anos 2000".

Além disso, indica que uma recessão nos EUA parece provável e poderá se estender até o começo do próximo ano. Ele adverte que a decisão do Federal Reserve de manter as taxas de juros próximas de zero desde a crise financeira de 2008 pode piorar a situação econômica.

Hussman salienta que não se deve culpar o Fed pela possível desaceleração econômica em caso de uma recessão. Em vez disso, “culpe o Fed por mais de uma década de especulação em busca de retornos e as distorções financeiras que isso provocou, como múltiplos elevados, perdas especulativas, alavancagem, depósitos não garantidos e contratos flexíveis, todos os quais provavelmente dificultarão a resposta à recessão”.

John Hussman, que antecipou corretamente as crises de 2000 e 2008, tem alertado sobre os riscos há algum tempo. No entanto, as ações têm se mantido em alta este ano, impulsionadas pela confiança na inteligência artificial (IA) e pelas expectativas de corte das taxas de juros. Além disso, a economia tem mostrado resiliência, com crescimento contínuo, baixo desemprego e inflação moderada nos últimos meses.

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