(Reuters) - A música de Neil Young está sendo removida do serviço de streaming Spotify (NYSE:SPOT) (SA:S1PO34), depois que o cantor e compositor se opôs a que suas músicas fossem reproduzidas na mesma plataforma que oferece o podcast de Joe Rogan, anunciaram a empresa e o músico nesta quarta-feira.
Nesta semana, Young divulgou uma carta endereçada ao seu empresário e à gravadora Warner Music Group, exigindo que o Spotify não carregasse mais sua música porque ele disse que Rogan espalha informações falsas sobre vacinas contra Covid-19.
Na quarta-feira, o cantor de "Heart of Gold" e "Rocking In the Free World" agradeceu à sua gravadora por "estar comigo na minha decisão de retirar todas as minhas músicas do Spotify" e encorajou outros músicos a fazerem o mesmo.
“O Spotify tornou-se lar de desinformação sobre a Covid, ameaçando vidas”, afirmou ele em seu site. "Mentiras sendo vendidas por dinheiro."
A empresa sueca disse que trabalhou para equilibrar "segurança para ouvintes e liberdade para criadores" e removeu mais de 20.000 episódios de podcast relacionados à Covid-19 de acordo com suas "políticas de conteúdo detalhadas".
"Lamentamos a decisão de Neil de remover sua música do Spotify, mas esperamos recebê-lo de volta em breve", disse o Spotify em comunicado.
Rogan, de 54 anos, é o apresentador do "The Joe Rogan Experience", podcast bem classificado do Spotify, que detém os direitos exclusivos do programa.
Ele tem provocado polêmica com suas opiniões sobre a pandemia, mandatos governamentais e vacinas para controlar a propagação do coronavírus.
No início deste mês, 270 cientistas e profissionais médicos assinaram uma carta pedindo ao Spotify que tomasse medidas contra Rogan, acusando-o de espalhar falsidades no podcast.
Young, 76, disse que o Spotify foi responsável por 60% do streaming de sua música para ouvintes em todo o mundo. A remoção é "uma grande perda para minha gravadora", declarou ele.
(Reportagem de Lisa Richwine e Dawn Chmielewski em Los Angeles e Yuvraj Malik em Bengaluru)