SÃO PAULO (Reuters) - O grupo segurador SulAmérica (BVMF:SULA11) teve lucro líquido de 139,3 milhões de reais no segundo trimestre, um salto sobre o desempenho positivo de cerca de 30 milhões um ano antes, mas o resultado veio ancorado no efeito da alta de juros sobre os resultados financeiros da companhia.
A sinistralidade subiu de 85,8% há um ano para 88,4% no segundo trimestre, ficando acima ainda do 85,2% dos três primeiros meses de 2022.
A empresa, que está sendo comprada pela Rede D'Or (BVMF:RDOR3), teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) negativo em 118,4 milhões de reais, ante 15 milhões positivos um ano antes. No primeiro trimestre deste ano a conta já havia ficado negativa em 94,4 milhões.
A empresa teve resultado financeiro positivo de 194,5 milhões de reais de abril a junho, ante 34,5 milhões no mesmo período do ano passado.
A rentabilidade sobre patrimônio caiu 18,8 pontos percentuais na variação anual, para 5,1% no segundo trimestre. Em termos ajustados, a queda foi de 0,3 ponto.
"Temos observado importante redução nos impactos com a Covid-19, tanto no segmento de seguro saúde quanto no de vida, o que traz perspectivas mais positivas para gradativamente recuperarmos a sazonalidade regular da frequência e severidade de sinistros em nossas carteiras", afirmou o presidente da SulAmérica, Ricardo Bottas, no balanço.
"Por outro lado, se a pandemia dá importantes sinais de arrefecimento, vimos ao longo dos últimos meses um aumento de procedimentos eletivos, à medida que as pessoas retornam à normalidade", acrescentou o executivo, citando que o ciclo de reajuste de preços dos planos de saúde "se intensifica a partir do terceiro trimestre".
(Por Alberto Alerigi Jr.)