Investing.com - Em dia de forte queda no mercado brasileiro de ações como consequência da pesquisa Datafolha divulgada ontem, que mostra pouco avanço na intenção de voto a Jair Bolsonaro (PSL) e o crescimento de Ciro Gomes (PDT), são poucas as ações que fazem parte do Ibovespa que operam com ganhos.
A exceção fica justamente para empresas que tem sua receita beneficiada com a alta do dólar, como é o caso das papeleiras Suzano (SA:SUZB3), Fibria (SA:FIBR3) e Klabin (SA:KLBN11), além da fabricante de aeronaves Embraer (SA:EMBR3).
Suzano e Fibira lideram o Ibovespa, com ganhos respectivos de 0,87% (R$ 53,40) e de 0,65% (R$ 78,01). No caso das duas, ajuda também a notícia do avanço do processo de aprovação necessária para a conclusão da fusão entre as companhias. Atualmente, o valor de mercado em conjunto é de R$ 100 bilhões, se transformando na maior empresa de agronegócio do país.
Na quinta-feira (13) acontece a assembleia geral extraordinária das duas companhias, para aprovar a operação. Depois disso, vão restar a aprovação da Comissão Europeia e do Cade.
No caso da Klabin, os ganhos são de 0,05% a R$ 21,46.
Embraer é outra companhia que se favorece com a valorização da moeda americana, por ter boa parte de custos no Brasil e receitas ligadas ao dólar. Os ativos têm ganhos de 0,70% a R$ 20,07.
A estagnação de Bolsonaro, mesmo após o atentado da semana passada, nas pesquisas, com o crescimento de Ciro Gomes e Fernando Haddad (PT) levam preocupação aos investidores, principalmente em relação à privatização das estatais.
Eletrobras (SA:ELET3), por exemplo, lideram as perdas do Ibovespa perdendo 6,61% a R$ 14,82. Nem mesmo a forte alta do petróleo (+2,21% do WTI e +1,74% do Brent) é capaz de impedir que as ações da Petrobras (SA:PETR4) caiam 3,89% a R$ 18,51. Outro exemplo é Banco do Brasil (SA:BBAS3), que cai 3,66% a R$ 27,86.