SÃO PAULO (Reuters) - A transmissora de energia elétrica Taesa (SA:TAEE11) está com nível de endividamento adequado e pretende seguir perseguindo novos investimentos enquanto distribui dividendos significativos para os acionistas, disseram executivos da companhia nesta quinta-feira, durante teleconferência com investidores.
A empresa, controlada pela estatal mineira Cemig (SA:CMIG4) e o grupo colombiano Isa (CN:ISA), encerrou 2020 com alavancagem financeira de 3,8 vezes, se considerada a relação entre dívida líquida e geração de caixa operacional (Ebitda). No primeiro trimestre de 2020 esse nível era de 3 vezes.
"Esse perfil de dívida é adequado à Taesa, visto que temos um nível de custo financeiro baixo e prazo longo. Então não temos nenhuma dificuldade de manter esse endividamento e esse nível de estrutura de capital", disse o diretor financeiro, Erik Breyer.
"Até costumo dizer aqui na Taesa que é até o contrário, nosso desafio é manter o nível de alavancagem alto, através da obtenção de boas oportunidades de investimento. Essa alavancagem, se a gente não conseguir um uso adequado dentro da companhia (para o caixa gerado) ela rapidamente cai, cai muito rápido, em função do fluxo de caixa contínuo que temos."
O diretor destacou ainda que a Taesa pretende manter elevado nível de distribuição de proventos, entre 50% e 100% dos lucros, embora não tenha estabelecido uma política de dividendos bem definida.
"Discutimos muito no planejamento estratégico se íamos construir uma métrica... e a gente viu que o melhor para maximização de valor das ações é a gente deliberar conforme o momento", acrescentou Breyer.
"Nossa missão é buscar crescimento e geração de valor. Pagar ao menos de 50% a 100%, baseado nas expectativas que a gente tem de ter um bom uso do recurso ou não. Sendo sempre uma 'cash-cow', uma empresa muito pagadora de dividendo."
(Por Luciano Costa)