O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a afirmar nesta segunda-feira, 30, que o modelo de privatização Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp (BVMF:SBSP3)), assim como o da Eletrobras (BVMF:ELET3), deverá acontecer pela redução da participação nas ações da empresa, mas mantendo o poder de veto em das assembleias de acionistas, o chamado "golden share".
"A gente pode até manter uma participação na empresa, estratégica, golden share. Ou seja, a gente vai ter um papel relevante na tomada de decisão estratégica, mas você abre mão do controle. E esse controle tem muito valor", disse o governador durante entrevista à Jovem Pan.
De acordo com ele, o dinheiro atraído pela venda da empresa pode ser usado para ampliar os investimentos no próprio setor. "Esse dinheiro que entra pode ser capturado no setor de saneamento para gente levar saneamento para regiões onde tem sistemas isolados, onde a Sabesp ainda não atua", defendeu.
Tarcísio reforçou que os estudos sobre a venda da companhia ainda serão realizados. Essa é uma das prioridades dos 100 dias de governo.
O governador também afirmou que uma eventual venda da empresa beneficiará os municípios e reduzirá as tarifas aos cidadãos. "E a outorga gerada também pode ser distribuída em parte com os 375 municípios que são atendidos pela Sabesp, na proporção dos seus atendimentos. Então as prefeituras ganham, os municípios ganham e o cidadão é que ganha no final das contas, porque vai ter um serviço de mais eficiência, um serviço que vai contar com muito investimento, que vai ser universalizado em um prazo menor e com uma tarifa mais baixa", explicou.
E acrescentou: "A partir do momento em que eu renovo os contratos de concessão que hoje a Sabesp tem, e o maior é com a prefeitura de São Paulo, eu gero também um upside num grande valor e esse valor pode ser integralmente utilizado na redução de tarifas."