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Taxas futuras de juros caem em meio a expectativa com Copom e baixa dos yields dos Treasuries

Publicado 07.05.2024, 16:46
Atualizado 07.05.2024, 16:50
© Reuters. Moedas de 1 real
15/10/2010
REUTERS/Bruno Domingos
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SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs fecharam a terça-feira em queda no Brasil, em um dia marcado por expectativa com decisão do Copom e por queda dos rendimentos dos Treasuries no exterior, com o mercado atento ainda à tragédia provocada pela chuva no Rio Grande do Sul e a seus desdobramentos na área fiscal.

No fim da tarde a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2025 estava em 10,2%, ante 10,22% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 10,41%, ante 10,438% do ajuste anterior.

Já a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,71%, ante 10,747%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 10,99%, ante 11,03%. O contrato para janeiro de 2031 marcava 11,4%, ante 11,446%.

A expectativa antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na quarta-feira, voltou a travar os negócios no Brasil nesta terça, com investidores posicionados em câmbio e juros futuros cautelosos antes do anúncio sobre a taxa básica Selic, atualmente em 10,75% ao ano.

“Esta semana está sendo atípica, porque está todo mundo à espera do Copom amanhã. Então temos alguns movimentos laterais, sem muito motivo, tanto no câmbio quanto nos juros”, comentou Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital.

O recuo dos rendimentos dos Treasuries contribuiu, conforme Izac, para o fechamento da curva a termo no Brasil nesta terça, ainda que a expectativa maior gire em torno do Copom.

“O mercado precifica que virão 25 pontos-base de corte (da Selic), mas todo mundo trabalha com a possibilidade de que poderão vir 50 pontos-base. Assim, se vierem 25 pontos, era o que se esperava, mas se vierem 50 pontos, isso pode trazer uma sinalização negativa”, avaliou Izac.

Além da expectativa antes do Copom, o mercado permaneceu atento aos impactos da tragédia no Rio Grande do Sul na economia, em especial sobre a área fiscal. Na noite de segunda-feira o governo Lula enviou ao Congresso um projeto de decreto legislativo que reconhece o estado de calamidade no RS.

O decreto também autoriza o governo a não computar no resultado fiscal os recursos empregados na recuperação do estado.

Na prática, como eventuais impactos ainda não estão claros, a tragédia não impactou de forma decisiva a curva.

Perto do fechamento a precificação da curva estava em 88% de probabilidade de corte de 25 pontos-base da Selic na quarta e 12% para corte de 50 pontos-base. Na segunda-feira o percentual de corte de 25 pontos-base estava em 86%.

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No mercado de opções, os percentuais das apostas para o Copom eram semelhantes nesta terça-feira.

“O cenário para corte de 50 é possível, mas não parece provável. O Comitê se comprometeu com este corte e este é o melhor argumento para 0,5% amanhã. Porém, o México deverá manter os juros em 11% na quinta-feira e a situação do câmbio é desconfortável desde que o mercado jogou para frente o corte de juros nos EUA”, disse o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em comentário enviado a clientes.

No exterior, às 16h38, o rendimento do Treasury de dez anos -- referência global para decisões de investimento -- caía 2 pontos-base, a 4,465%.

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