Empresas norte-americanas provedoras de serviços de internet estão sob forte pressão de reguladores da União Europeia (UE), após uma autoridade da Áustria afirmar que um site do país usou o Google Analytics para rastrear o uso de usuários na rede, violando as regras de proteção de dados do bloco.
Reguladores em vários países da UE disseram nas últimas semanas que estão examinando os serviços da plataforma, cuja dona é a controladora Alphabet (SA:GOGL34) (NASDAQ:GOOGL), e esperam publicar as descobertas nos próximos meses. Espera-se que a decisão estimule um efeito dominó que pode resultar em restrições semelhantes para outros provedores de tecnologia dos EUA.
Segundo especialistas em privacidade, o escrutínio significa que as empresas americanas, além das grandes empresas de tecnologia, terão mais dificuldades para transferir dados da Europa para os EUA e podem levar a um escrutínio mais rígido de reguladores de privacidade de bancos, companhias aéreas e outros setores, dizem especialistas em privacidade.
O Google disse em um post no blog após a decisão austríaca que o governo americano nunca pediu pelas informações que preocupam o regulador europeu. Mas a UE teme que tal solicitação seja possível, disse Caitlin Fennessy, diretora de conhecimento da Associação Internacional de Profissionais de Privacidade. "Efetivamente, todas as empresas que movem dados pessoais precisam prestar atenção a isso", comentou.