Por Senad Karaahmetovic
As ações da Tesla (BVMF:TSLA34)(NASDAQ:TSLA) recuperavam parte das fortes perdas de ontem antes da abertura desta quarta-feira em Nova York, valorizando-se cerca de 2,48%, a US$ 111,81, às 12h11 de Brasília.
Os papéis da fabricante de veículos elétricos recuaram 11,41% no pregão de ontem, fechando a US$ 109,10, nível mais baixo desde agosto de 2020. Essa forte queda também marcou a maior desvalorização do papel em um único dia desde abril deste ano.
“A realidade é que, após a história de Cinderela vivida pela Tesla no ambiente de forte demanda desde 2018, a empresa está enfrentando grandes obstáculos micro e macroeconômicos que estão começando a aparecer nos EUA e na China", escreveram analistas do Wedbush em uma nota aos clientes.
Eles descreveram que a liquidação das ações da Tesla foi impressionante, diante das preocupações dos investidores com a queda da demanda em 2023, em razão das nuvens negras macro e da maior concorrência no mercado de veículos elétricos.
Para os analistas do Baird, a queda das ações da Tesla representa uma oportunidade de compra. Eles recentemente inseriram a TSLA na sua lista de “Melhores Ideias para 2023”, por acreditarem que a fabricante de veículos elétricos "está bem posicionada para se beneficiar da lei de redução da inflação nos EUA".
Além disso, estão "otimistas" com o fato de que o CEO Elon Musk não irá mais vender ações da companhia até o fim de 2023.
“Acreditamos que essa parte do peso do Twitter finalmente pode ter sido eliminada para 2023”, escreveram os analistas do Baird em nota aos clientes.
Mesmo assim, eles cortaram o preço-alvo das ações da Tesla em US$ 64, para US$ 252 por ação, o que implica um potencial de alta de mais de 130% em relação ao fechamento do pregão de ontem. O corte do preço-alvo reflete as estimativas menores decorrentes de comentários recentes de Musk e da “possibilidade de enfraquecimento da demanda”.
No entanto, os analistas do Baird mantiveram-se otimistas com a perspectiva das ações da Tesla para 2023.
“As gigafactories de Austin e Berlim devem elevar as margens, aumentando a quantidade t/t em 2023 da produção. Estamos satisfeitos com notícias de que a produção em Berlim deve atingir a marca de 3K veículos por semana, bem como as metas de produção de 75K no 1T23".
“Ainda acreditamos que a TSLA é a fabricante de veículos elétricos mais bem posicionada no curto e longo prazo”, concluíram.