Por Sophie Yu e Brenda Goh e Maria Ponnezhath e Sayantani Ghosh
PEQUIM (Reuters) - A Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34) elevou os preços na China e nos Estados Unidos pela segunda vez em menos de uma semana, após o presidente-executivo, Elon Musk, dizer que a montadora de carros elétricos está enfrentando pressão inflacionária significativa em matérias-prima e logística.
Todos os modelos da Tesla nos EUA tiveram preços reajustados em 5% a 10%, segundo o site da empresa. Na China, houve elevação para alguns produtos em cerca de 5%.
Os preços dos metais usados nos automóveis dispararam, incluindo o alumínio para a carroceria, o paládio para os conversores catalíticos e o níquel e o lítio que compõem as baterias dos veículos elétricos.
Na semana passada, a Tesla anunciou aumento de preços no utilitário Model Y nos EUA e sedãs Model 3 Long Range e de alguns veículos Model 3 e Model Y fabricados na China.
"Tesla e SpaceX estão enfrentando pressão inflacionária significativa com matérias-primas e logística", disse Musk em um tuíte no domingo, em referência também a sua companhia de foguetes especiais. "E nós não estamos sozinhos", acrescentou ele.
NEGÓCIO COM RUSAL
A Tesla, que tem uma cadeia de suprimentos diversificada, comprou "milhões de euros em alumínio" da gigante russa de alumínio Rusal, informou a CNBC na segunda-feira, citando documentos internos.
O bilionário fundador da Rusal, Oleg Deripaska, foi alvo de sanções pela Grã-Bretanha.
Entre outras destinações, a Tesla comprou alumínio da Rusal para abastecer sua nova fábrica de veículos na Alemanha, disse a CNBC.
A Tesla e a Rusal não responderam imediatamente a pedidos de comentários da Reuters.