Por Michael Elkins
Dados do Banco Comercial Internacional da China mostraram, na terça-feira (28), que as vendas da Tesla (NASDAQ:TSLA) no país subiram na semana passada, mas ainda estão abaixo do ritmo registrado no quarto trimestre, um sinal de que o aumento da demanda gerado pelos descontos no principal mercado externo da companhia está perdendo força.
De acordo com as informações, a fabricante de veículos elétricos dobrou as vendas no varejo na semana até 20 de fevereiro, para 10.703 veículos, em comparação com a semana anterior.
O número foi o mais alto desde a semana de 9 de janeiro, quando a Tesla vendeu 12.654 unidades do Model 3 e doi Model Y depois de baixar os preços em até 14% em 6 de janeiro. No entanto, a média diária acumulada no ano foi de 1.016 veículos, enquanto, em outubro e novembro, o número foi de 1.317, indicando que os descontos podem não ser suficientes para acelerar as vendas no primeiro trimestre em relação ao quarto.
“As vendas estão diminuindo, em parte devido a uma linha de produtos envelhecida”, segundo Yale Zhang, diretor-executivo da consultoria Automotive Foresight, com sede em Xangai. “Os consumidores também estão adiando as compras, esperando para ver se outras fabricantes de veículos elétricos cortam os preços”, continuou.
O desempenho da Tesla está em linha com o do setor na China de forma geral, que vem enfrentando dificuldades após o fim de um subsídio governamental que durou mais de uma década. Sua participação no segmento do país caiu levemente de 10% para 9% no ano anterior, de acordo com dados do CMBI.
Além disso, a participação de mercado da BYD Co (OTC:BYDDF) subiu de 27% para 37%. Players menores do mercado de VEs, como Leapmotor (HK:9863) e Ora, da Great Wall Motor Company (OTC:GWLLY), estão entre os que perderam mercado.