Por Christoph Steitz e Tom Käckenhoff
ESSEN, Alemanha (Reuters) - A demanda por elevadores de última geração e componentes de veículos permitiu que a Thyssenkrupp (DE:TKAG) obtivesse o maior número de pedidos anual em cinco anos, enquanto a empresa alemã vai deixando gradualmente a produção de aço.
A Thyssenkrupp está passando por uma enorme reestruturação sob o comando do presidente-executivo, Heinrich Hiesinger, aproximando-se da tecnologia e deixando a volátl indústria de aço, seu tradicional esteio.
A companhia vendeu a deficitária unidade brasileira Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) para a Ternium (N:TX) e fechou um acordo para combinar seu negócio europeu de aço com o da indiana Tata Steel (NS:TISC) em 2018.
"Os problemas estruturais do setor de aço europeu não desapareceram. Ainda temos excesso de capacidade significativo no estagnado mercado de aço europeu", disse Hiesinger nesta quinta-feira.
Enquanto reduz lentamente sua dependência de aço, a Thyssenkrupp está apostando seu futuro na unidade de elevadores, a mais lucrativa da empresa, assim como na demanda do setor automotivo, seu maior grupo de clientes, que corresponde a cerca de um quarto das vendas.
O número de pedidos da ThyssenKrupp subiu 18 por cento, para 44,29 bilhões de euros no ano financeiro até 30 de setembro, enquanto o lucro ajustado antes de juros e impostos (Ebit) totalizou 1,91 bilhão de euros, superando o 1,73 bilhão esperado por analistas consultados pela Reuters.