Investing.com – O segmento pós-pago esteve entre os drivers de receita da companhia de telecomunicações Tim (BVMF:TIMS3), que apresentou seu balanço na noite de ontem. Com indicadores conforme as expectativas de mercado, analistas estão de olho nas perspectivas para pagamento de proventos da empresa. Apesar da avaliação positiva de analistas, no entanto, os dados não agradaram muito os investidores, e às 14h55 (de Brasília), as ações recuavam 3,93%, a R$16,13.
“A Tim reportou um resultado sólido em linha com nossas expectativas e do mercado. A empresa apresentou receita de R$6,4 bilhões, com crescimento de 6,0% ao ano, impulsionada pelo segmento móvel, especialmente o pós-pago (com alta de 8,3% ao ano)”, destacou a Genial, que indica compra, com preço-alvo de R$21.
O crescimento da receita no pós-pago teria sido alavancado “pelo reajuste tarifário nas ofertas pós-pagas, mas em um percentual menor do que em 2023; pela melhoria na gestão da base de clientes, reduzindo as taxas de churn; e pelo processo contínuo de migração para planos de maior valor”, detalhou a XP Investimentos (BVMF:XPBR31), que pondera que o pré-pago, por outro lado, teria sofrido com a migração, além da diminuição da recorrência de recargas nos celulares. Ressaltando a geração de caixa como um dos destaques do balanço, a indicação é de compra, com preço-alvo de R$24.
O Bank of America (NYSE:BAC) (BofA), que também indica compra, com alvo de R$21, espera “que a geração de FCF seja sazonalmente mais forte no quarto trimestre, apoiada por melhor capital de giro”.
Mercado de olho nos dividendos
A companhia espera pagar R$3,5 bilhões em proventos em 2024. O valor já considera os R$800 milhões que já foram anunciados, enquanto os R$2,7 bi adicionais devem ser declarados na forma de juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos.
“Se os dividendos forem aprovados, isso resultará em um dividend yield de 8,6%, acima das nossas expectativas para o ano”, destacou a Genial. A remuneração total aos acionistas ficou, no entanto, ligeiramente abaixo das projeções do BofA, que eram de R$3,6 bilhões.