PEQUIM (Reuters) - A francesa Total está em conversas com a PetroChina para vender sua participação em uma refinaria chinesa depois de quase duas décadas de investimento, podendo ser a mais recente companhia estrangeira de energia a desistir do vasto, porém regulado mercado de petróleo na China.
A Total foi a primeira empresa estrangeira a ter uma presença no negócio de refino na China, como investidora na West Pacific Petrochemichal Corp (Wepec) em meados da década de 1990, na cidade de Dalian. A instalação foi então designada como a primeira e única refinaria orientada para exportação no país.
A companhia francesa detém 22,4 por cento da refinaria, que começou as operações em 1996. A instalação é controlada em conjunto pela estatal Sinochem e por firmas apoiadas pelo governo da cidade de Dalian, mas a PetroChina administra e opera a refinaria.
Executivos da indústria familiarizados com as operações da Wepec, disseram que a empresa francesa decidiu fazer o desinvestimento devido a anos de prejuízos na refinaria, e também pela falta de acesso ao mercado local chinês.
"As exportações da maior parte do combustível da Wepec estão gerando prejuízos devido aos altos impostos cobrados", disse um executivo da indústria com conhecimento direto da comercialização de combustível da Wepec.
"Agora é hora de renovar a planta já que as instalações estão velhas, para produzir combustíveis mais limpos. E isso requer novos aportes de investidores, acredito que os franceses não puderam mais aguentar", afirmou o executivo.
Um porta-voz da Total na China não estava imediatamente disponível para comentar.
(Por Chen Aizhu e Judy Hua)