Por Brendan O'Brien
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros do trigo e do milho negociados em Chicago subiram mais de 1% nesta quinta-feira, com os investidores cobrindo mais posições vendidas após uma queda para mínimas de vários anos e com as vendas semanais de exportação dos EUA superando as previsões e incluindo compras consideráveis do principal importador, a China.
A soja fechou em queda após operar em uma faixa de negociação limitada, depois que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgou novas vendas privadas para a China.
O contrato de trigo mais ativo terminou em alta de 12,25 centavos, a 5,98 dólares por bushel, o maior preço de fechamento desde 13 de novembro.
As conversas sobre o interesse chinês no trigo dos EUA podem estar apoiando o mercado, disse Joe Vaclavik, presidente da Standard Grain.
A China comprou uma quantidade líquida de 197.310 toneladas métricas de trigo dos EUA na semana encerrada em 23 de novembro, suas maiores compras em seis semanas, informou o USDA na quinta-feira.
"O segundo motivo seria o fato de ter circulado uma história há dois dias sobre uma possível proibição das exportações russas", disse ele. "Isso pode ser suficiente, por si só, para induzir alguma cobertura de posições vendidas."
O milho ganhou 7 centavos, a 4,8275 dólares o bushel, já que o USDA informou que as vendas de exportação na semana passada foram de 1.927.800 toneladas métricas, bem acima das expectativas comerciais de 600.000 a 1.200.000 toneladas.
O USDA também informou que as vendas de exportação de soja dos EUA na semana passada foram de 1.895.300 toneladas métricas, acima das expectativas de 850.000 a 1.500.000 toneladas.
A soja caiu 4,25 centavos, fechando a 13,4275 dólares por bushel.
No Brasil, as condições secas e quentes desta semana devem aumentar o estresse nas lavouras de soja na metade norte do país, embora as previsões meteorológicas apontem para uma diminuição do calor e chuvas generalizadas nas próximas duas semanas.