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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), comprou mais de US$ 100 milhões em títulos de empresas, Estados e municípios americanos desde que retomou à Casa Branca em janeiro. As aquisições começaram em 21 de janeiro de 2025, um dia após a posse para seu 2º mandato não consecutivo, segundo documentos divulgados na 3ª feira (19.ago.2025) pelo OEG (Escritório de Ética Governamental dos EUA).
Os registros mostram que o republicano realizou mais de 600 operações financeiras nos primeiros meses de governo. Os formulários detalham investimentos em diversos setores da economia norte-americana, incluindo instituições financeiras como Citigroup (NYSE:C), Morgan Stanley (NYSE:MS) e Wells Fargo (NYSE:WFC), além de companhias de tecnologia e serviços como Meta, Qualcomm (NASDAQ:QCOM), The Home Depot, T-Mobile USA e UnitedHealth Group.
As aquisições envolvem não apenas títulos corporativos, mas também aqueles emitidos por diferentes níveis de governo, incluindo cidades, Estados e condados americanos. O documento não especifica os valores exatos de cada operação, fornecendo apenas faixas amplas de valores.
Em sua declaração anual apresentada em junho, Trump reportou ativos totais de pelo menos US$ 1,6 bilhão, de acordo com cálculos da agência Reuters. Ele declarou renda superior a US$ 600 milhões provenientes de criptomoedas, propriedades de golfe, licenciamentos e outros empreendimentos durante o ano civil de 2024.
As participações financeiras do presidente incluem setores que potencialmente poderiam se beneficiar de mudanças na política dos EUA durante seu governo, como a desregulamentação financeira.
Uma autoridade da Casa Branca afirmou à agência Reuters que Trump continua apresentando as declarações obrigatórias sobre sua carteira de investimentos, mas ressaltou que nem ele nem sua família tinham qualquer papel na gestão ou seleção dos títulos, que são administrados por uma instituição financeira terceirizada. A fonte, que solicitou anonimato, acrescentou que autoridades federais de ética certificaram os relatórios, confirmando que estão em conformidade com as leis aplicáveis.
Trump disse anteriormente que colocou suas empresas em um fundo administrado por seus filhos, embora sua declaração anual tenha mostrado que a renda de várias fontes ainda é destinada ao presidente.
A divulgação desses dados é parte das obrigações de transparência exigidas de autoridades públicas nos Estados Unidos.