MOSCOU (Reuters) - A Turquia e o Brasil se tornaram os maiores importadores por via marítima de diesel e gasóleo da Rússia no ano passado, após a entrada em vigor das sanções da União Europeia que impedem a importação de produtos refinados russos, segundo dados de fontes do mercado e da LSEG.
Antes de o embargo total da UE ser implementado em fevereiro de 2023, a Europa era o maior comprador da Rússia.
Desde então, os comerciantes desviaram as cargas de diesel dos portos russos para o Brasil, Turquia, países da África, Ásia, Oriente Médio e carregamentos de navio para navio (STS).
De acordo com os dados da LSEG, a Rússia exportou no ano passado cerca de 13,5 milhões de toneladas de diesel e gasóleo para a Turquia, ante 5 milhões de toneladas em 2022. Não ficou claro quanto desse volume permaneceu na Turquia, em vez de ser enviado para outros destinos.
As remessas de diesel dos portos russos para o Brasil totalizaram cerca de 6,5 milhões de toneladas em 2023, em comparação com 74.000 toneladas em 2022.
A Turquia continuou sendo o maior comprador de diesel e gasóleo russos no primeiro mês deste ano, recebendo mais de 1,5 milhão de toneladas, segundo dados da LSEG.
As importações brasileiras da Rússia, no entanto, caíram em janeiro para cerca de 460.000 toneladas, ante 1 milhão de toneladas em dezembro de 2023. Os traders disseram que a queda foi resultado de uma queda sazonal na demanda e na oferta.
No ano passado, a Rússia também exportou cerca de 1,9 milhão de toneladas de diesel para a Arábia Saudita e quase 1,6 milhão de toneladas para os Emirados Árabes Unidos, segundo dados de embarque.
As exportações de diesel dos portos russos para os países africanos também aumentaram no ano passado, chegando a 10,2 milhões de toneladas, em comparação com 2,4 milhões de toneladas em 2022. Marrocos, Líbia, Togo, Tunísia e Gana estavam entre os principais importadores.
Em janeiro deste ano, os suprimentos de diesel dos portos russos para os países africanos totalizaram cerca de 0,8 milhão de toneladas, mostraram os dados da LSEG.
(Reportagem da Reuters)