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UBS ainda vê poucos impactos em seguradoras com avanço da pandemia do COVID-19

Publicado 23.03.2020, 12:47
© Reuters.
PSSA3
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BBSE3
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Por Gabriel Codas

Investing.com - Em relatório divulgado nesta segunda-feira, o banco suíço UBS realizou uma avaliação de empresas de seguro listadas na bolsa e os impactos que devem sofrer com o avanço do coronavírus em suas unidades de negócios.

No caso da BB Seguridade (SA:BBSE3), no segmento de “vida”, existe um risco de aumento da taxa de perda com aumento da mortalidade devido ao COVID-19. Em termos de prêmios, a crescente demanda por produtos de vida pode ser observada, enquanto, no curto prazo, o produto de seguro de viagem deve diminuir.

A BB Seguridade, destaca o banco, tem seu novo portfólio de produtos (lançado em 2016) sem cobertura para pandemia, limitando o aumento da taxa de perda devido ao COVID-19. Ao mesmo tempo, indivíduos em risco de grupo (+60 anos) não são muito relevantes no portfólio, dado o alto custo do produto.

Na área de previdência, o UBS destaca que a menor renda disponível e desemprego não melhorando podem levar a menores contribuições. Ao mesmo tempo, o desempenho dos fundos de pensão afetado negativamente pela forte depreciação das ações pode levar a um aumento nos resgates.

No caso da Porto Seguro (SA:PSSA3), 64% de suas receitas têm origem no segmento automotivo. O UBS destaca que, com menos veículos circulando nas ruas devido ao confinamento, é provável que a taxa de sinistro automotiva diminua.

Segundo a seguradora, durante a greve dos caminhoneiros em maio de 2018, houve uma queda de 10% nas reivindicações (em termos nominais) em relação a abril de 2018. O banco avalia que na situação atual, o impacto pode ser ainda maior que a greve de 2018 por 10 dias, enquanto se espera que o impacto devido ao COVID-19 tenha uma duração mais longa. Por outro lado, pode haver um aumento nos custos de autopeças para reparo devido a efeitos cambiais e logísticos.

Com a desaceleração da economia, menor renda disponível e menor confiança do consumidor, as vendas de automóveis novos, um importante impulsionador do seguro de automóvel, também serão impactadas. Há uma maior propensão dos proprietários de carros novos e seminovos a comprarem seguro automóvel. O banco pode esperar um menor crescimento do prêmio de automóveis devido ao envelhecimento da frota e ao aumento da sensibilidade aos preços.

No segmento de saúde o aumento da frequência de uso pode levar a uma deterioração na taxa de sinistro de saúde (teste COVID-19 incluído na lista de procedimentos obrigatórios agora). A Porto Seguro ainda não observou grandes mudanças nas reivindicações, mas está monitorando de perto. Eles também estão promovendo a telemedicina para seus clientes, tentando evitar visitas ao hospital.

Já para a SulAmerica o aumento da frequência de uso pode levar à deterioração da sinistralidade de saúde. A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), em 13 de março, colocou o COVID-19 na lista de procedimentos obrigatórios a serem cobertos, incluindo o teste SARS-CoV-2, que tem um custo para a SulAmerica de aproximadamente R$ 175 por teste.

A empresa também está percebendo um aumento da linha direta chamadas, testes em geral e procedimentos de baixo custo. Para controlar o total de reclamações, a SulA está estimulando o uso de telemedicina, orientando e orientando os clientes em relação a exames e consultas, para evitar a contaminação cruzada em hospitais e sobrecarregar a saúde. Além disso, de acordo com dados da ANS, ~ 8% dos beneficiários da SulA estão acima de 60 anos. anos, considerado o grupo de risco.

No segmento premium, em outros países houve uma demanda crescente por planos de saúde privados foi observada, a SulA ainda não aconteceu, mas espera-se que aconteça quando a crise do coronavírus passar. Por outro lado, a macro desaceleração, com menor crescimento do PIB, com redução na formação de empregos, poderia afetar negativamente o crescimento da economia. número de beneficiários.

No segmento de vida, o UBS destaca que a SulAmérica possui cobertura de resseguro para pandemia, mas não está vendo um aumento nas reivindicações. Além disso, a companhia a ainda não viu uma demanda crescente por seguro de vida, enquanto o crescimento do prêmio do seguro de viagem será impactado negativamente com o COVID-19.

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