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Por Ariane Luthi
ZURIQUE (Reuters) - O UBS Group registrou nesta terça-feira um lucro acima do esperado para o quarto trimestre, mas as ações do banco recuavam, uma vez que seus planos de recompra de papéis, condicionados à ausência de mudanças nas regras de capital da Suíça, não impressionaram os investidores.
Após um aumento inicial, as ações do UBS caíam 5,6%, mesmo com os preços dos papéis de outros bancos subindo.
Analistas observaram que os resultados do UBS foram mistos, com os novos ativos líquidos não atingindo as previsões, e que muitas expectativas foram incorporadas ao preço, com as ações subindo mais de 80% desde que o banco comprou seu rival Credit Suisse (SIX:CSGN) em uma aquisição de emergência em 2023.
O maior credor do país, que fez progressos na integração do antigo rival, disse que planeja recomprar 1 bilhão de dólares em ações no primeiro semestre de 2025 e até 2 bilhões de dólares no segundo semestre, se não houver grandes mudanças nas regras de capital dos bancos suíços.
Para evitar que o escândalo do Credit Suisse se repita, as autoridades suíças se comprometeram a elaborar regulações bancárias mais rígidas, no centro das quais estão os planos de obrigar o UBS a manter mais capital. Porém, ainda não está claro quanto será esse capital.
O UBS afirma que os requisitos de capital existentes são adequados e tem advertido o governo suíço de que exigências excessivas poderiam tornar o setor financeiro menos competitivo.
No quarto trimestre, o UBS registrou um lucro líquido atribuível aos acionistas de 770 milhões de dólares, seu quarto trimestre consecutivo de lucro.
O resultado excedeu em muito a estimativa média de 483 milhões de dólares em uma pesquisa fornecida pela empresa, com o UBS se beneficiando de custos mais baixos do que o esperado, receita robusta e um forte desempenho de seu segmento de banco de investimentos.
"Alcançamos todos os principais marcos de integração em 2024 e reduzimos significativamente o risco de execução, enquanto nossa posição de capital permaneceu robusta", disse o presidente-executivo do UBS, Sergio Ermotti, em comunicado.
"Estamos confiantes em nossa capacidade de concluir substancialmente a integração até o final de 2026" e atingir metas financeiras e iniciativas de crescimento, acrescentou.
O UBS disse que está no caminho certo para alcançar a economia de custos planejada, embora tenha aumentado sua previsão de despesas relacionadas à integração para 14 bilhões de dólares até o final de 2026, ante 13 bilhões de dólares.
As receitas totais do banco subiram 7%, para 11,6 bilhões de dólares em relação ao ano anterior, superando por pouco a previsão de consenso fornecida pela empresa, de 11,5 bilhões de dólares.