Por Dave Graham e Tommy Reggiori Wilkes
ZURIQUE (Reuters) - O banco suíço UBS divulgou nesta quarta-feira um lucro trimestral que foi o dobro da previsão do mercado, impulsionado por seu setor de investimentos e pela economia maior do que a esperada com a integração de seu antigo rival, o Credit Suisse (SIX:CSGN).
O lucro líquido de 1,1 bilhão de dólares para o período de abril a junho superou a previsão de 528 milhões de dólares em uma pesquisa. Estes foram os primeiros resultados do UBS desde que a instituição financeira concluiu formalmente sua fusão com o Credit Suisse, em maio.
As ações do UBS subiam 5,3%, superando o desempenho do setor bancário europeu.
O maior banco da Suíça disse que as economias resultantes da integração com o Credit Suisse estavam ocorrendo mais rapidamente do que o previsto, embora os analistas do Deutsche Bank tenham dito que os números das divisões de Global Wealth Management e Personal and Corporate Banking do UBS estavam abaixo das expectativas, tirando um pouco do brilho dos resultados.
Em comunicado, o presidente-executivo do UBS, Sergio Ermotti, disse que os resultados do primeiro semestre refletiam o "progresso significativo" que o banco havia feito desde a compra do Credit Suisse, deixando-o bem posicionado para cumprir as metas e retornar aos níveis de lucratividade anteriores à aquisição.
"Estamos agora entrando na próxima fase de nossa integração, que será fundamental para a obtenção de mais benefícios substanciais de custo, capital, financiamento e impostos", disse Ermotti.
Os resultados variaram entre as divisões. Como observado em seus pares, o setor de investimento prosperou, com as receitas subjacentes da divisão aumentando em 26% no ano, chegando a 2,5 bilhões de dólares. Quase dois terços do aumento vieram das Américas, disse o UBS.
O banco informou ainda que havia feito mais 900 milhões de dólares em cortes de custos, atingindo cerca de 45% de sua meta anual acumulada.
Sua meta é atingir 13 bilhões de dólares em economias até o fim de 2026, e o banco agora espera alcançar 7 bilhões de dólares desse valor este ano, depois de ter vislumbrado anteriormente cerca de 6,5 bilhões de dólares.
Enquanto isso, as entradas líquidas de novos ativos foram de 27 bilhões de dólares, mesmo com os executivos do UBS alertando que as perspectivas estavam obscurecidas pelas tensões geopolíticas, pela disputa eleitoral nos EUA e pela volatilidade do mercado.
O UBS adquiriu seu concorrente de longa data em março de 2023, em um resgate planejado pelas autoridades suíças quando o Credit Suisse entrou em colapso, após uma série de escândalos.