BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia disse nesta quarta-feira que está excluindo sete bancos russos do sistema de mensagens Swift, mas não incluiu aqueles que lidam com pagamentos de energia, nas últimas sanções impostas à Rússia por ter invadido a Ucrânia. VTB, segundo maior banco da Rússia, Bank Otrkitie, Novikombank, Promsvyazbank, Bank Rossiya, Sovcombank e VEB terão 10 dias para encerrar suas operações Swift, disse a UE em comunicado oficial.
O Swift é o sistema de mensagens que sustenta as transações financeiras globais e a UE, os Estados Unidos, o Reino Unido e o Canadá se moveram no sábado para bloquear certos bancos russos, mas não disseram quais. Os EUA e o Reino Unido vinham pressionando pela proibição no Swift, mas alguns países na zona do euro precisavam ser persuadidos, dada a dependência da região das exportações de energia russas. A remoção de bancos russos do Swift, vista como drástica e improvável há apenas uma semana, é uma das ferramentas mais poderosas que autoridades ocidentais usaram para punir a Rússia pelo que Moscou descreve como uma operação especial na Ucrânia. Um alto executivo da UE disse que os bancos foram escolhidos com base nas conexões com o Estado russo, com bancos públicos já sancionados após a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014.
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O Sberbank, maior banco da Rússia, e o Gazprombank não foram incluídos porque são os principais canais para pagamentos de petróleo e gás russos, que os países da UE ainda estão comprando apesar do conflito na Ucrânia. O funcionário da UE acrescentou que esses dois bancos russos estavam, no entanto, sujeitos a outras medidas. A primeira-ministra da Lituânia, Ingrida Simonyte, disse que mais bancos russos podem ser banidos do Swift, que tem 11 mil membros. As autoridades estão preocupadas com a interrupção dos fluxos de energia para a Europa e a autoridade disse que não é possível permitir transações ligadas a energia e excluir outras, pois o Swift não consegue diferenciar os tipos de pagamentos.
(Por Philip Blenkinsop)