Investing.com – Ainda que a mineradora brasileira Vale (BVMF:VALE3) tenha uma série de desafios pela frente para avançar em questões ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG, na sigla em inglês), a XP (BVMF:XPBR31) entende que os ratings atuais não refletem totalmente o progresso já atingido pela companhia.
Em relatório divulgado a clientes e ao mercado divulgado nesta quinta-feira, 17 de outubro, os analistas da XP Marcella Ungaretti, Luiza Aguiar, Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano disseram que concordam com a empresa neste ponto.
“A própria liderança da empresa reconheceu que ainda há metas importantes a serem alcançadas, incluindo a reinserção no Pacto Global da ONU, além de melhorar seus ratings ESG, que ainda são amplamente impactados pelos desastres de Mariana e Brumadinho”, apontaram os analistas.
A percepção é de que a empresa continua com esforços para melhorar a governança em segurança e gestão de riscos, sendo a agenda institucional a prioridade, incluindo as pendências do acordo de reparação de Mariana e o acordo de Brumadinho. Para Mariana, a administração estima assinatura da versão definitiva até final de outubro, enquanto, para Brumadinho, até 2026.
Os analistas apontaram, após encontro com a administração, as ações realizadas pela empresa para elevar a segurança das barragens e gestão de rejeitos, como a criação de comitês de risco, construção de plantas de filtragem e adoção de práticas internacionais. Por outro lado, a XP lembra que a Vale “ainda tem uma barragem no nível 3 de emergência, que deverá ser removida até 2025”.
Reconstrução da confiança da comunidade e redução das emissões no processo produtivo também estão na agenda ESG da companhia.