Investing.com - Nos primeiros negócios da manhã desta quarta-feira, depois do feriado do Natal, as ações da Via Varejo (SA:VVAR11) entraram em leilão após recuarem 9,21% a R$ 4,14. Os papéis do Grupo Pão de Açúcar (SA:PCAR4) também operavam com forte queda de 3,01% a R$ 79,40. Na sexta-feira, o GPA informou que quer concluir a venda da Via Varejo em 2019. Na parte da tarde, as quedas são de 3,73% a R$ 4,39 e de 4,12% a R$ 78,49, respectivamente.
O conselho de administração GPA aprovou nesta sexta-feira o início do processo de desinvestimento da companhia na Via Varejo, que anunciou a volta de Peter Estermann como presidente.
A saída do GPA começará na próxima quinta-feira com a venda de 50 milhões de ações da Via Varejo, que concentra os negócios de varejo de eletrodomésticos e móveis, montante que corresponde a 3,86 por cento do capital.
Considerando o preço de fechamento da ação da Via Varejo nesta sexta-feira, de 4,56 reais cada, essa operação movimentaria cerca de 228 milhões de reais.
A participação total do GPA na Via Varejo é de 43,23 por cento do capital da companhia. A saída completa da unidade deve ser concluída até o final de 2019.
O conselho também instruiu a administração a “ativamente perseguir a alienação do remanescente da participação acionária detida na Via Varejo para um investidor estratégico”, diz o fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Para o UBS, a maior varejista diversificada brasileira por segmento, anunciou as medidas como forma de acelerar a reviravolta de suas operações, que está atrás dos seus principais concorrentes em termos de rentabilidade e fatia de mercado.
Para os analistas do banco, a mudança do comando, é, em parte, positiva, já que Estermann melhorou os resultados do GPA. No entanto, eles entendem que a alteração envolve riscos, já que o executivo passará a dividir a atenção entre GPA e Via Varejo.
O entendimento da equipe de analistas é que as regras contábeis internacionais sobre operações descontinuadas permitem que GPA mantenha Via Varejo no balanço, como um ativo à venda; já a assinatura do TRS é vista como um movimento conservador para dissuadir possíveis problemas com auditores.
“Nossa expectativa é que as lojas possam estar gerando crescimento e que o e-commerce continue a se recuperar. Os sistemas de lojas têm funcionado melhor do que no terceiro trimestre, permitindo uma recuperação em termos de rentabilidade”, disse o UBS em relatório enviado para clientes nesta quarta-feira.
Com Reuters.