Mercado cripto encara liquidações em massa com queda do Bitcoin
(Reuters) - A Weg (BVMF:WEGE3) espera realocar rotas de exportação para mitigar os impactos da tarifa de 50% que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que irá impor aos produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, disseram executivos da fabricante brasileira de motores nesta quinta-feira.
Em teleconferência para apresentação do balanço do segundo trimestre, os executivos afirmaram que a Weg avalia que poderá mitigar a maior parte dos possíveis impactos da tarifa.
A Weg está particularmente exposta a um cenário de tarifas. No balanço do segundo trimestre, a receita proveniente da América do Norte representou 48% do valor total do mercado externo.
A empresa, contudo, espera mitigar os riscos desse cenário por meio de suas fábricas em mais de uma dúzia de países, incluindo EUA e México, e variedade no portfólio de produtos.
Nesse cenário de incerteza tarifária, a empresa disse que não está considerando aumentar preços pois considera que eles já estão ajustados com a demanda e a oferta. Os executivos da Weg também afirmaram que um aumento de preço muito forte em determinados países poderia ser "um convite para novos entrantes".
De acordo com o diretor administrativo financeiro André Rodrigues, a companhia planeja aumentar a capacidade de produção de geradores da América do Norte para a atender a demanda na região.
Ele acrescentou que ainda não é possível ter uma previsão ou posicionamento em meio às incertezas e a volatilidade comercial, mas afirmou que a Weg tem um plano de ação para mitigar parte desses eventuais impactos caso a atual situação se mantenha.
Na bolsa paulista, a ação da Weg caía 2,87% por volta de 12h35, negociada a R$36,92, após fechar com tombo de 8% o pregão da quarta-feira, na esteira da divulgação do resultado do segundo trimestre, que ficou abaixo do esperado por analistas.
(Por Michael Susin, em Barcelona, e Gabriel Araújo, em São Paulo; )