Xi pede a líderes empresariais que protejam comércio em meio à iminência de tarifas de Trump

Publicado 28.03.2025, 09:34
Atualizado 28.03.2025, 09:35
© Reuters. Presidente da China, Xi Jinping, durante reunião com líderes empresariais, em Pequimn28/03/2025nREUTERS/Florence Lo

Por Joe Cash e Casey Hall

PEQUIM (Reuters) - O presidente da China, Xi Jinping, pediu a presidentes-executivos de multinacionais em uma reunião nesta sexta-feira que protejam a indústria global e as cadeias de suprimentos, enquanto Pequim busca amenizar as preocupações das empresas estrangeiras sobre a saúde da economia chinesa em meio a ameaças de mais tarifas dos Estados Unidos.

A China está tendo dificuldades para dissipar os temores de que uma nova guerra comercial com o presidente dos EUA, Donald Trump, possa prejudicar ainda mais o crescimento da segunda maior economia do mundo, que vem lutando para se recuperar desde a pandemia da Covid-19.

O desconforto de longa data em relação às regulações cada vez mais rígidas da China, às repressões abruptas às empresas estrangeiras e a um ambiente de negócios desigual que favorece as empresas estatais chinesas também estão minando a confiança empresarial.

"Precisamos trabalhar juntos para manter a estabilidade da indústria global e das cadeias de suprimentos, o que é uma garantia importante para o desenvolvimento saudável da economia mundial", disse Xi aos líderes empresariais, que incluíam os executivos de AstraZeneca (LON:AZN), FedEx, Saudi Aramco (TADAWUL:2222), Standard Chartered (LON:STAN) e Toyota.

Cerca de 40 executivos participaram da reunião, a maioria dos quais representava o setor farmacêutico. A reunião durou pouco mais de 90 minutos e sete empresas foram convidadas a falar, segundo uma fonte com conhecimento direto do planejamento.

"Os CEOs com quem conversei, e conversei com muitos deles, acharam que valeu a pena", disse Sean Stein, presidente do Conselho Empresarial EUA-China e um dos participantes da reunião. "O presidente não apenas reconheceu os vários desafios enfrentados pelas empresas e pelo setor, mas, em muitos casos, prometeu que o governo tomará providências."

A frequência de reuniões entre executivos estrangeiros e autoridades chinesas de alto nível tem aumentado no último mês, depois que dados oficiais mostraram que o investimento estrangeiro direto despencou 27,1% ao ano em termos de moeda local em 2024, marcando a maior queda desde a crise financeira global de 2008.

"As empresas estrangeiras contribuem com um terço das importações e exportações da China, um quarto do valor agregado industrial e um sétimo da receita tributária, criando mais de 30 milhões de empregos", disse Xi.

"Nos últimos anos, os investimentos estrangeiros na China também sofreram interferência de fatores geopolíticos... Costumo dizer que apagar as luzes de outras pessoas não nos torna mais brilhantes."

Trump tem renovado sua guerra comercial com a China desde que assumiu o cargo e prometido uma onda de novas tarifas "recíprocas" que entrarão em vigor em 2 de abril, visando os países com barreiras comerciais aos produtos dos EUA, o que pode incluir a China.

Ele impôs tarifas de 20% sobre as exportações chinesas neste mês, o que levou a China a retaliar com tarifas adicionais sobre os produtos agrícolas norte-americanos.

"A essência das relações econômicas e comerciais entre a China e os EUA é mutuamente benéfica e vantajosa para todos", disse Xi na reunião.

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