As operadoras observaram um salto no tráfego de dados nos celulares na edição de 2024 do Rock in Rio, motivado principalmente pela difusão da internet móvel de quinta geração (5G). Os eventos de grande porte, como festivais de música, servem de "termômetro" para as empresas entenderem se a nova tecnologia pegou.
Juntas, Claro, Vivo e TIM (BVMF:TIMS3) registraram um tráfego de 610 terabytes ao longo dos sete dias de festival, o equivalente ao envio de 152 milhões de fotos ou 305 mil horas de vídeo. Além disso, o fluxo foi 70% maior do que na edição realizada dois anos atrás, quando chegou a 362 terabytes. Naquele ano, o 5G estava ainda em fase de implementação e quase todo o tráfego foi baseado no 4G.
Com maior velocidade e baixa latência, o sinal 5G permite que os compartilhamentos de conteúdo digital ocorram com maior facilidade. Além disso, um das principais vantagens da nova tecnologia é a capacidade de conectar mais aparelhos nas redes ao mesmo tempo, enquanto no passado era comum a lentidão no uso de internet em eventos com multidões.
A TIM registrou 185 terabytes de dados trafegados nos celulares de seus clientes neste Rock in Rio, aumento de 40% em relação ao último festival. Desta vez, as conexões 5G representaram quase metade do fluxo total de dados.
A operadora informou ainda que o show do cantor americano Ne-Yo foi o que mais teve uso dos celulares no festival, com pico de 1,3 terabytes, seguido por Akon, com 1,2 terabytes. "O Rock in Rio 2024 foi um marco para a TIM, com números impressionantes de uso do 5G, que atingiu picos", disse o vice-presidente de Operações, Marco Di Costanzo.
A Claro registrou tráfego de 265 terabytes, desde a abertura dos portões até a finalização total do evento, sendo mais da metade em 5G. O montante foi 136% maior do que no último festival.
A velocidade média de navegação foi no 5G da operadora foi de aproximadamente de 370 Mbps, segundo a empresa.
Já a Vivo registrou 160 terabytes, alta de 35%, com aumento de três vezes no total de usuários 5G conectados simultaneamente.